Na Escola D. Sancho I de Pontével o objectivo é que as crianças aprendam a ser felizes
A Câmara do Cartaxo aguarda a aprovação de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência para requalificar a Escola Básica 2,3 D. Sancho I, em Pontével. Investimento previsto ronda os 11,5 milhões de euros e pretende dotar de melhores condições uma escola onde a climatização é um dos problemas prementes.
A Escola Básica 2,3 D. Sancho I, em Pontével, precisa de obras de fundo e um dos maiores problemas é a deficiente climatização, que leva mesmo alguns alunos recorrerem a mantas para se aquecerem nos dias mais frios. Para dar outras condições à comunidade escolar, a Câmara do Cartaxo avançou com uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para obter fundos europeus para uma intervenção de fundo no estabelecimento de ensino, avaliada em 11,5 milhões de euros.
A empreitada visa a melhoria do bem-estar e conforto de toda a comunidade escolar, aposta na tecnologia, criação de mais espaços desportivos, como um campo de padel, um auditório e uma nova biblioteca. Se for aprovada a candidatura ao PRR, submetida em Março, a empreitada tem início previsto para Janeiro de 2025 e final em Junho de 2026, com os alunos a terem aulas em contentores durante esse período, disse a O MIRANTE Fátima Vinagre, vereadora com o pelouro da Educação.
A escola ficará dotada de 16 salas de aula, dois laboratórios e uma sala de preparação, duas salas de artes, uma sala de música, uma unidade de ensino estruturado, também ela uma novidade, um centro de apoio à aprendizagem, uma sala de estudo, uma sala de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), uma sala do futuro, a nova biblioteca e o novo auditório. Haverá sala de convívio de alunos, bufete, refeitório, uma cozinha nova, sala de pessoal não-docente, papelaria/reprografia e uma sala para a associação de estudantes.
Em termos desportivos, a escola mantém o seu gimnodesportivo e terá um gimnodesportivo exterior, balneários femininos, masculinos e de mobilidade condicionada, balneários para professores, gabinete de professores e instalações sanitárias. Há ainda aposta na melhoria dos espaços para docentes e administrativos, gabinete médico, de psicologia e dois gabinetes de terapia da fala.
Projectos inovadores são mais valia
A Escola Básica 2,3 D. Sancho I é a escola-sede do Agrupamento de Escolas D. Sancho I e comemorou 23 anos de existência a 19 de Abril. Catarina Guerreiro é directora há dois anos e professora de educação musical. Refere que o agrupamento destaca-se por projectos como o Cultivarte, onde cada escola do 1º ciclo e jardim de infância constrói a sua horta vertical que serve também para estudo das plantas.
Outros projectos inovadores são o Sobre Rodas, que proporciona acções de prevenção rodoviária aos alunos e a possibilidade de irem para a escola com uma bicicleta disponibilizada pelo agrupamento; e o Programa aLer mais e melhor, cuja actividade “À Volta dum livro… Os Ciganos” foi destacada no ano lectivo 2022-2023 como uma das dez mais significativas a nível nacional.
O agrupamento integra os jardins de infância de Vale da Pinta, Vale da Pedra, Lapa e Escola Básica D. Sancho I e as escolas do 1º ciclo dessas freguesias, bem como da Ereira e Casais Penedos.
O ambiente que se vive no agrupamento, composto por mais de 700 alunos do pré-escolar ao 3º ciclo, é descrito como de colaboração, partilha de experiências, aprendizagem e, acima de tudo, felicidade. “Somos muito humanistas, queremos uma escola em que aprendam a ser felizes”, vinca Catarina Guerreiro, referindo-se também à sub-directora Sofia Moreira e às adjuntas da direcção Carla Neutel Pereira e Zilda Lopes.