Sociedade | 17-05-2024 07:00

CIM da Lezíria apoia implementação de caudais ecológicos no rio Tejo

CIM da Lezíria apoia implementação de caudais ecológicos no rio Tejo

Presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo diz que é importante implementar caudais ecológicos no rio Tejo, mas discorda da posição de movimento ambientalista contra projectos de construção de barragens.

A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) está solidária com as reivindicações do proTEJO sobre a implementação de caudais ecológicos, mas não acompanha o movimento na oposição às barragens espanholas de Alcântara e Valdecañas. Esta posição surge após o movimento ambientalista proTEJO ter apelado aos municípios da bacia do Tejo, às suas comunidades intermunicipais e à Área Metropolitana de Lisboa (AML), que tomassem uma posição de responsabilidade exigindo aos governos de Portugal e Espanha a implementação de um regime de caudais ecológicos. O movimento exigiu também a oposição do Governo aos dois projetos hidroelétricos para as barragens espanholas de Alcântara e Valdecañas, uma vez que consideram que a concretização destes projectos pode “agravar a disponibilidade de caudais no rio Tejo”.
Segundo Pedro Ribeiro, presidente da CIMLT, a comunidade está solidária quanto à implementação de caudais ecológicos, mas discorda do movimento no que diz respeito às barragens, considerando que as mesmas são “fundamentais” devido às alterações climáticas. “Achamos que as barragens são fundamentais e temos aqui uma divergência. Temos consciência que esta não é uma questão fácil de se resolver, mas entendemos que as alterações climáticas obrigam-nos claramente a ter capacidade de reter água quando ela escasseia e quando é muita. Basta olhar para aquilo que está a acontecer no Brasil com as cheias. Estamos solidários com a implementação de caudais ecológicos, mas entendemos que as barragens são igualmente importantes” defendeu.
Numa carta enviada à ministra do Ambiente e da Energia, Maria Graça de Carvalho, o movimento proTEJO pediu à governante que se oponha aos dois projectos espanhóis, com fundamento na “protecção das águas superficiais e subterrâneas e dos ecossistemas aquáticos e terrestres (…) e para o aproveitamento sustentável dos recursos hídricos das bacias hidrográficas”. O movimento apresentou também uma queixa à Comissão Europeia (CE) pela não implementação de caudais ecológicos no rio Tejo por Espanha e Portugal, com o apoio de 27 organizações.

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