Sociedade | 19-05-2024 15:00

Centro Social da Carregueira com dívida de um milhão mas sem ajuda da Câmara da Chamusca

Paulo Queimado continua a afirmar que a Câmara da Chamusca não vai conceder nenhum apoio extraordinário, para além do que é normal estar protocolado com as IPSS do concelho.

O presidente da Câmara da Chamusca dá conta de que o Centro de Apoio Social da Carregueira tem dívida que ronda o milhão de euros e que deve entender-se, em primeiro lugar, com a Segurança Social.

O presidente da Câmara Municipal da Chamusca afirmou que o Centro de Apoio Social da Carregueira (CASC) tem neste momento um passivo de cerca de um milhão de euros que resulta, na grande maioria, de empréstimos bancários. A informação foi partilhada durante a última sessão de assembleia municipal, realizada a 29 de Abril, depois de questionado pela bancada da CDU sobre os graves problemas que a instituição tem passado.
Paulo Queimado voltou a recordar a reunião que existiu entre a direcção do centro social, o executivo da câmara e a direcção distrital da Segurança Social, onde foi referido que os apoios não chegam para que a instituição possa continuar a dar resposta aos cerca de 150 utentes e a pagar ordenados e subsídios a 70 funcionários. “Foi-nos transmitida a situação complicada que o centro de apoio social está a passar. Disseram-nos que a maior dificuldade é a nível do passivo de empréstimos bancários que ronda o milhão de euros”, sublinhou.
Embora os problemas financeiros estejam a sufocar a instituição que, recorde-se, em Março deste ano ainda não tinha pago os subsídios de Natal aos funcionários, Paulo Queimado mantém a mesma posição de não atribuir nenhum apoio extraordinário para o centro social fazer face às dificuldades. “O que transmitimos à direcção é que o município não participa nas despesas correntes, mas que podemos ajudar noutras coisas, como em equipamentos de lavandaria, ares-condicionados (…) Com outras IPSS estamos a dar apoios nomeadamente na aquisição de viaturas eléctricas, por exemplo”, disse, acrescentando que deve ser a Segurança Social a ter um papel fundamental na recuperação financeira da IPSS.

Um pesadelo diário
Os problemas graves que a direcção do CASC tem enfrentado nos últimos anos, que estão a colocar em risco o funcionamento da instituição, têm tido aparentemente pouca solidariedade do município e da Segurança Social. No início deste ano, o presidente da instituição, Horácio Ruivo, afirmou a O MIRANTE que não houve abertura para qualquer apoio para além da candidatura ao Fundo de Socorro Social. O CASC tem prejuízos todos os meses de milhares de euros, estando a actividade regular da IPSS cada vez mais comprometida.

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