Sociedade | 19-05-2024 11:54

Utentes protestaram em Alhandra para exigir médicos de família

Utentes protestaram em Alhandra para exigir médicos de família

Alhandra e Forte da Casa estão sem médico de família há vários meses e utentes estão a ser encaminhados para outras unidades de saúde a muitos quilómetros de distância. Comissão de utentes do Estuário do Tejo juntou-se em protesto a exigir medidas para combater flagelo.

Os utentes do Estuário do Tejo juntaram-se no sábado, 18 de Maio, em frente à Junta de Freguesia de Alhandra, no concelho de Vila Franca de Xira, em protesto pela falta de respostas das entidades competentes e exigir médicos de família. Rute Gil, da Comissão de Utentes de Alhandra, explicou à Lusa que, perante a falta de resposta aos problemas da saúde pelas entidades competentes, as comissões de utentes do Estuário do Tejo (concelhos de Alenquer, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira) protestaram na vila ribeirinha porque o centro de saúde está sem qualquer médico de família há mais de um ano.
De acordo com Rute Gil, em Alhandra só existe médico para a saúde materna (grávidas e bebés até dois anos). “O principal motivo deste encontro é que Alhandra e o Forte da Casa continuam sem médicos de família. Noutros sítios ainda vai havendo alguns, mas aqui não há um único médico, estando os utentes a ser desviados para os centros de saúde de Alverca, Póvoa de Santa Iria e Benavente”, indicou. Rute Gil disse ainda que as comissões de utentes já tiveram reuniões com as direcções dos centros de saúde e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, que disseram estar a tentar resolver o problema.
“Alguns utentes estão a realizar consultas através de videochamadas, que é extremamente difícil. Por exemplo, já tivemos médicos do Porto a dar consultas por videochamada e isto não pode ser. Estamos a falar de uma população maioritariamente idosa, ouvem mal, vêem mal. Por outro lado, por videochamada não conseguem perceber o que a pessoa tem”, frisou. Segundo Rute Gil, as pessoas têm problemas de mobilidade, têm de fazer deslocações e ainda esperam ao frio e à chuva, uma vez que muitos dos centros não têm espaço para tantos utentes. Por isso, sob o mote “estamos fartos de promessas, exigimos a saúde a que temos direito”, concluiu.

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