Sociedade | 27-05-2024 10:00

Servitas de Fátima são a mão amiga por detrás das grandes peregrinações

Servitas de Fátima são a mão amiga por detrás das grandes peregrinações
Servitas de Nossa Senhora de Fátima foram porto de abrigo para os peregrinos do 13 de Maio

A Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima abriram as portas a O MIRANTE para mostrarem o trabalho que desenvolvem ao longo do ano. A associação, que já foi condecorada pelo Presidente da República, colabora com o Santuário no acolhimento a milhares de peregrinos ao longo do ano.

A Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima tem um século de história e é constituída por elementos que dão aos outros sem esperar nada em troca, e que se classificam como uma mão amiga que colabora com o Santuário no acolhimento a dezenas de milhares de peregrinos durante o ano. Há cerca de sete anos, foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com o grau de Membro Honorário da Ordem de Mérito, uma distinção que foi recebida com o peso da responsabilidade de continuar a acolher e a divulgar a mensagem de Fátima.
Os Servitas de Nossa Senhora de Fátima abriram as portas a O MIRANTE para mostrarem o trabalho que desenvolvem ao longo do ano e que começou quando ainda nada tinha sido construído na Cova da Iria, em que os voluntários prestavam auxílio aos peregrinos.
Maria José Eiró, economista e presidente dos Servitas, e Gonçalo Oliveira, director do Centro Paroquial do Estoril, são casados e dois dos 450 membros da associação, embora no activo estejam menos de três centenas. A maioria dos elementos são pessoas comuns, com uma vida completamente diferente, que disponibilizam muito do seu tempo em prol das grandes peregrinações ao Santuário.
Na véspera do 13 de Maio deste ano, O MIRANTE encontrou na sede da associação uma sala repleta de peregrinos de todas as idades, muitos deles em claras dificuldades de locomoção, muito cansados e abatidos, mas com uma fé inabalável. Os servitas estavam no local a cuidar das pessoas, nomeadamente com massagens e tratamentos médicos, mas ouvindo os desabafos dos peregrinos. “Ouvimos histórias de vida muito duras, difíceis. Às vezes basta um abraço para pôr as pessoas melhor”, explica Maria José Eiró.
Segundo explica o casal de voluntários, na associação aparecem peregrinos com todo o tipo de problemas: “más disposições, cólicas, pessoas que desmaiam, uma criança que parte a cabeça, um adulto que partiu o pé. Já nos apareceu de tudo”, sublinham a O MIRANTE, partilhando que nas Jornada Mundial da Juventude, que decorreram em 2023, prestaram auxílio a mais de um milhar de jovens. “Sabíamos que tínhamos de reforçar os serviços, mas não estávamos preparados para acolher tantos jovens. Muitos não sabiam bem o que vinham fazer, mas nós demos uma ajuda. Ser útil faz-me sentir feliz”, confessou Maria José Eiró.
Para ser Servita é necessário ser maior de idade e frequentar uma formação de cinco anos na associação. Durante os cincos anos, passa-se por todos os serviços da organização e tem de se estar presente em todas as grandes peregrinações. “Não é preciso ser especialista de coisa alguma, mas é preciso que a pessoa sinta Fátima, viva Fátima, e experimente Fátima para poder dar Fátima aos outros. É preciso ter uma fé firme e ter um grande amor a Nossa Senhora”, vincou Gonçalo Oliveira.

Gonçalo Oliveira e Maria José Eiró são dois dos mais de 400 membros da associação
Servitas cuidam das necessidades dos peregrinos

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