Sociedade | 29-05-2024 18:00

Estado da Mata dos Sete Montes em Tomar continua a gerar críticas

Estado da Mata dos Sete Montes em Tomar continua a gerar críticas
Mata tem 39 hectares e liga o Castelo ao Convento de Cristo. fotoDR

Continuam a ser feitas críticas à falta de acção para dar a devida manutenção à Mata Nacional dos Sete Montes, em Tomar. Embora não seja da responsabilidade da autarquia, o principal partido da oposição diz que o assunto está a ser empurrado com a barriga.

O estado da Mata Nacional dos Sete Montes, em Tomar, continua a gerar muitas críticas do principal partido da oposição no concelho. Fernando Cândido, do PSD de Tomar, tomou uma posição pública afirmando que a mata se está a tornar num matagal. “Desde miúdo que a minha geração, a geração de 80, via a Mata como um local de aventuras e descobertas (...) Imaginem o meu espanto quando entrei há uns dias na Mata e vi que é agora retrato do desmazelo”, lamenta em comunicado o secretário-geral adjunto do partido.
Para Fernando Cândido a câmara municipal “não pode servir para fazer apenas o que é da sua competência, mas também para bater o pé na defesa do concelho”. “Não posso aceitar o estado a que chegou uma das jóias do concelho, onde tanta coisa nós vivemos e, pior, que uma das soluções em cima da mesa seja cobrar bilhetes para um dos mais bonitos espaços verdes da cidade, numa cidade que precisa de inverter urgentemente a sua queda demográfica”, vincou.
O estado da Mata Nacional dos Sete Montes já foi tema de discussão em Assembleia Municipal de Tomar e reunião de câmara. O vereador Tiago Carrão (PSD) tem lamentado o estado “lastimável” em que o espaço se encontra há vários meses. O deputado Bruno Graça (CDU) já tinha abordado o assunto durante a assembleia municipal, questionando o presidente da câmara sobre o ponto de situação da Mata dos Sete Montes e dos esforços do município para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) proceder rapidamente à elaboração de um plano de recuperação para voltar a dignificar “o pulmão da cidade”. Hugo Cristóvão, presidente da câmara, esclareceu que a preservação do espaço não é competência do município, mas que está interessado em “ajudar e colaborar”. O autarca explicou ainda que há funcionários do município a trabalhar na Mata dos Sete Montes, apesar de estarem limitados às autorizações do ICNF. A Mata Nacional dos Sete Montes tem cerca de 39 hectares e é o principal parque da cidade. Faz a ligação ao Castelo e Convento de Cristo, tendo sido usada pela Ordem de Cristo como área de cultivo e recolhimento.

Fungo é a causa dos problemas

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas emitiu um comunicado reconhecendo a existência de problemas “no buxo que constitui a estrutura de sebe no Jardim Formal, com um agravamento durante a época mais fria e húmida”. O organismo diz ainda que, no ano passado, “procedeu à recolha de amostras para despistagem de agentes patogénicos e foi possível identificar-se que a causa é a presença de um fungo que atinge especificamente esta espécie de planta, e que tem atingido jardins por todo o país”. “Esclarece-se que a situação que actualmente se verifica nada tem a ver com falta de rega ou, tão pouco, desleixo na manutenção do jardim. Apesar da enorme expressão que a praga tem no jardim, não constitui qualquer risco para a saúde pública”, refere o comunicado. O ICNF refere que estão a aguardar que as condições meteorológicas sejam adequadas para que se executem novos tratamentos para minimizar o impacto da situação e tentar recuperar a área em causa.

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