Barracas na vila do Sobralinho são cenário de terceiro mundo
Há quase 40 anos que várias famílias vivem em barracas e habitações precárias sem o mínimo de condições no Sobralinho, mesmo ao lado da A1, escondidas entre caniços e árvores num cenário terceiro-mundista.
É numa barraca precária e suja, onde o telhado é seguro com o peso de pneus e outros materiais, sem esgotos nem água e com electricidade apenas quando o gerador funciona, que Maria José, de etnia cigana, vive em condições miseráveis há 36 anos no Bairro do Clarimundo, no Sobralinho, concelho de Vila Franca de Xira. Ela e a família já pediram ajuda a quatro presidentes de câmara: Daniel Branco, Maria da Luz Rosinha, Alberto Mesquita e Fernando Paulo Ferreira. Até hoje, diz, só Maria da Luz Rosinha foi ao bairro conhecer as condições de insalubridade em que a comunidade e ninguém conseguiu resolver o problema. “Vamos buscar a água a um chafariz e trazemos em bidões para aqui. As necessidades fazemos em baldes e no meio do mato quando precisamos. Não temos condições nenhumas aqui”, lamenta Maria José a O MIRANTE.