Sociedade | 01-06-2024 10:00

Torres Novas quer controlar e reduzir animais errantes

Torres Novas quer controlar e reduzir animais errantes
Município vai avançar com a implementação de uma sala de cirurgia no centro de recolha oficial de animais

Centro de recolha vai passar a contar com uma sala de cirurgia dedicada à esterilização com o objectivo de diminuir o número de cães e gatos nas ruas. Câmara de Torres Novas compromete-se, simultaneamente, a comparticipar construção de abrigo que vai ser gerido por associação local.

Aumentar a taxa de esterilização e assim diminuir o número de animais errantes a vaguear pelas ruas do concelho de Torres Novas é um dos objectivos da câmara municipal que avançou com a construção de uma sala de cirurgia no centro de recolha oficial de animais partilhado com os municípios de Alcanena, Entroncamento e Vila Nova da Barquinha. A novidade foi dada pelo vereador com o pelouro do Ambiente, João Trindade, na última reunião do executivo municipal, na sequência da intervenção da ex-autarca do Bloco de Esquerda Helena Pinto, que na qualidade de munícipe alertou para a necessidade de serem tomadas medidas para reduzir o número de animais errantes.
“Falta só finalizar o processo com os outros três municípios para adquirir o material para que o canil tenha sala de cirurgia. A única maneira que temos é esterilizar para diminuir a taxa de crescimento”, afirmou o autarca socialista. Além desta medida, sublinhou, a Câmara de Torres Novas tem um programa de esterilização para animais de companhia e o cheque veterinário que “permite esterilizar animais errantes” ou ajudar “animais que tenham sofrido acidentes e necessitem de intervenções”.
João Trindade referiu ainda que está para ir a reunião camarária a apreciação de um protocolo em que o município se compromete a comparticipar a construção de um abrigo para a Associação Protectora dos Animais (APA) de Torres Novas, que vai permitir albergar cerca de 80 cães e entre 20 a 30 gatos. Esta é uma medida há muito aguardada e que vai constituir um reforço ao canil que acolhe actualmente uma centena de cães, estando lotado.

Faltam voluntários para criar e gerir colónias
Helena Pinto defendeu que é necessário um debate público no concelho sobre esta temática e também valorizar as pessoas que dão do seu tempo e dinheiro para alimentar e cuidar de animais errantes. Segundo disse, estas pessoas que alimentam sobretudo colónias de gatos deixaram de ter a “relação estável com o município” que tinham no passado. Sugeriu ainda a criação de abrigos à semelhança dos que existem noutros municípios.
Sobre este ponto, João Trindade respondeu que o município não conseguiu ainda encontrar voluntários que se disponibilizem para cuidar das colónias. “Até ao momento só houve um grupo [da Silvã] que disse que se conseguia constituir”, sublinhou, explicando que nem este avançou porque o local possível – em terreno municipal - para colocar o abrigo era afinal “longe demais”, o que levou essas pessoas a desistir da intenção de gerir uma colónia de gatos.
Pronunciaram-se ainda sobre o tema o vice-presidente do município, Luís Silva, que dirigiu a reunião, e o vereador do PSD, Tiago Ferreira. Ambos consideraram que o número de animais errantes é uma preocupação e problema, mas que não é um bom princípio alimentar animais de rua porque “quanto mais se alimentam mais se reproduzem”, disse Luís Silva. O social-democrata acrescentou: “Não sei se é bom alimentar animais na rua (…) criando problemas de saúde pública, não sei se é fazer um bom serviço à sociedade”.

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