Sociedade | 08-06-2024 10:00

Utentes do Médio Tejo dizem que não divulgação das urgências fechadas é retrocesso na saúde

Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo considera que não divulgação das urgências encerradas é uma falta de transparência e um retrocesso na Saúde.

Os utentes do Médio Tejo consideram que a não divulgação dos mapas das urgências encerradas é um retrocesso na saúde porque a população deixa de saber quais são as urgências, sobretudo obstétricas e pediátricas, a funcionar. “É evidente que é um retrocesso porque, quer profissionais, quer parturientes, sabendo que havia uma situação previamente definida e em que naquela data não podiam ser atendidas num determinado local, sabiam para onde se dirigir”, afirmou à Lusa o porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT). As declarações de Manuel Soares surgiram na sequência do fecho do bloco de partos e dos serviços de urgência de obstetrícia/ginecologia em Abrantes.
Na quarta-feira, 5 de Junho, a Unidade Local de Saúde (ULS) Médio Tejo divulgou nas suas redes sociais que a Urgência de Ginecologia-Obstetrícia e Bloco de Partos do Hospital de Abrantes iria ter constrangimentos até à próxima segunda-feira, ou seja, durante cinco dias. Questionada pela Lusa, fonte da ULS Médio Tejo disse que esta "é uma situação que se relaciona com o período de férias e feriados existentes na próxima semana”. Recordando que, até final de Maio, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) divulgava trimestralmente o mapa das urgências encerradas para os utentes se organizarem, Manuel Soares insistiu que a não divulgação dos mapas das urgências encerradas é uma “falta de transparência”. “O que nós defendemos é que, a partir do momento em que os serviços de urgência funcionem 24 sobre 24 horas, não é preciso mapa nenhum. Havendo constrangimentos, e admitimos que existam, devem ser minimamente programados até para um aproveitamento mais eficiente dos recursos que existem”, afirmou, tendo reclamado por “medidas excepcionais de cativação dos profissionais”.
Desde 1 de Junho deixou de existir o esquema da rotatividade de serviços hospitalares, sendo que, no caso das parturientes, antes de se dirigirem a qualquer unidade hospitalar, têm de ligar previamente para a linha SNS Grávida, medida prevista no plano de emergência da Saúde e disponível no SNS 24 (808 24 24 24) para encaminhar as utentes para a urgência mais próxima da sua área de residência.

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