Sociedade | 09-06-2024 15:00

Mação garante contratação de médico de família com incentivos municipais

Mação garante contratação de médico de família com incentivos municipais

Concelho de Mação tem neste momento três médicos ao serviço, mas dois vão aposentar-se em breve. Município tem regime de incentivos em rigor para captar profissionais de saúde.

A Câmara Municipal de Mação já tem em funções uma médica de saúde geral e familiar, ao abrigo de um programa de incentivos municipal que atribui 2500 euros/mês para fixação de médicos de família no concelho. “Veio [a médica] ao abrigo do regulamento de incentivos, trabalha para a ULS (Unidade Local de Saúde) do Médio Tejo e iniciou as suas funções, o que penso que é uma boa notícia para a população do concelho de Mação”, disse à Lusa o presidente da câmara, Vasco Estrela (PSD). Segundo o autarca, há ainda “boas perspectivas de mais dois clínicos poderem vir trabalhar para Mação”.
Vasco Estrela disse ainda que a profissional entrou em funções no concelho de Mação ao abrigo do programa de incentivos municipal, que prevê a atribuição de até 30 mil euros por ano [de complemento ao salário base] para fixação de médicos de família, medida que surge em resposta à “situação dramática” que se vive pela falta de clínicos. O Regulamento de Incentivos à Fixação de Médicos, implementado pela Câmara de Mação em 2023, decorre da necessidade da autarquia em encontrar respostas ao nível de cuidados de saúde primários para os cerca de sete mil habitantes de um concelho que tem uma “população muito envelhecida” e dispersa por 122 aldeias, num território com cerca de 400 quilómetros quadrados (km2), e servida por dois profissionais de saúde, ambos em vias de aposentação.
“Neste momento temos dois médicos, os dois em pré-aposentação, já com aposentações pedidas. Ou seja, se não for esta médica que conseguimos recrutar, podíamos ficar sem médico nenhum daqui a dois/três meses, declarou o autarca. Questionado sobre quantos médicos seriam necessários para o concelho, Vasco Estrela disse que, para ter “as coisas a funcionar conforme desejaria, seria necessário ter três/quatro médicos ao serviço”. “Neste momento temos três, mas três que não vão estar assim durante muito tempo”, notou, tendo destacado que o programa de incentivos terá sido decisivo para a contratação da médica, a par de conversações com mais dois clínicos.
A ULS indica em nota informativa que a nova médica é natural do Brasil e formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Ceará, tendo, em 2019/2020, efectivado o “processo de equivalência do seu diploma através da Faculdade de Medicina da Universidade Nova de Lisboa, com o intuito de exercer a profissão em território português”.

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