Extorsão, resistência e coação sobre funcionário, roubo por esticão, rapto, sequestro e roubo na via pública foram os crimes violentos e graves que mais subiram em 2023, revelou o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI). A criminalidade violenta e grave subiu no ano passado nos distritos da Guarda, Bragança, Viseu e Setúbal, enquanto as descidas ocorreram em Santarém, cerca de 14,4%, Castelo Branco, Região Autónoma da Madeira e Leiria.
O RASI dá conta que a criminalidade violenta e grave aumentou 5,6%, registando-se mais de 14 mil crimes, mais 741 casos do que em 2022, o valor mais alto desde 2019. Também a criminalidade geral aumentou 8,2% em 2023, tendo os oito Órgãos de Polícia Criminal recebido 371.995 queixas, mais 28.150 participações que no período homólogo de 2022. O RASI indica que as subidas mais relevantes no capítulo da criminalidade grave e violenta são a extorsão, que apresenta uma subida de 25,8%, para o rapto sequestro e tomada de reféns, para a resistência e coação sobre funcionário, roubo por esticão e roubo na via pública. O documento precisa que os crimes de roubo, nas diferentes formas, são responsáveis por 64% do total das ocorrências violentas e graves registadas. As maiores descidas verificaram-se no roubo em residência, violação, outros roubos e homicídio voluntário consumado.
No âmbito da criminalidade geral, a violência doméstica é o crime que continua a apresentar maiores índices de queixas, apesar de ter registado uma ligeira descida de 0,1% no ano passado. Os crimes participados às polícias que mais subiram em 2023 foram o abuso de cartão de garantia ou de crédito, outras burlas, tráfico de droga, furto em edifício comercial ou industrial sem arrombamento, escalamento ou chaves falsas e furto de oportunidade de objecto não guardado. O furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas e furto em veículo motorizado foram os crimes que mais desceram no ano passado.