Centro de recuperação de feridos da guerra em Ourém é exemplo para a Europa
Novo centro para feridos de guerra, da Associação Ukrainian Refugees UAPT, localizado na Aldeia Nova, em Ourém, vai começar a funcionar para o primeiro grupo de 15 militares amputados. Projecto, que vai trazer nova vida à aldeia, é um exemplo para a Europa.
O novo centro de recuperação de feridos da guerra da Ucrânia, localizado em Ourém, é um exemplo para a Europa, sendo necessários muitos mais para tratar 70 mil amputados ucranianos, disse a associação portuguesa responsável pelo projecto. “É um projecto tão importante para a Ucrânia, que eles querem que sirva de exemplo para outros países e outras organizações não-governamentais acreditarem que é possível criar cinco, seis, dez centros destes na Europa. Dez centros como este podem atender quase mil feridos por ano”, disse à Lusa Ângelo Neto, da associação Ukrainian Refugees UAPT.
Em declarações a partir de Kiev, capital da Ucrânia, onde está a acompanhar o primeiro grupo de 15 militares feridos, que chega na sexta-feira a Portugal, Ângelo Neto citou um responsável clínico de uma clínica de reabilitação local, que estimou que a guerra que se seguiu à invasão russa de Fevereiro de 2022 tenha provocado, até hoje, mais de 70 mil militares ucranianos amputados, a precisar de reabilitação clínica.
Com um total de sete hectares e 4000 metros quadrados de área edificada, o centro de recuperação localizado em Aldeia Nova, no município de Ourém, tem cerca de 50 quartos, resultantes da reabilitação do edifício principal, um antigo seminário, que estava degradado e abandonado – refeitório, cozinha, áreas de fisioterapia e de tratamentos diversos, bem como serviços complementares de atendimento psicológico e acolhimento de estadia. Segundo Ângelo Neto está também concluído o ginásio e uma área de lazer em redor do edifício, com vinha, jardim e hortas.