GNR apanha suspeitos de despejos ilegais no Olival das Minas em Vialonga
Depois da polémica retirada de 34 toneladas de resíduos despejados ilegalmente em Vialonga a Guarda Nacional Republicana anunciou ter identificado duas empresas pelos despejos ilegais.
Os trabalhadores de duas empresas foram fiscalizados de surpresa pelo Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana por se encontrarem a realizar despejos ilegais de entulhos no Olival das Minas em Vialonga.
Na fiscalização, realizada a 12 de Junho, os militares detectaram seis infracções ambientais, num valor total de coimas a rondar os 74 mil euros, a que se somam outros 440 mil euros que as empresas poderão ter de pagar após inquérito judicial. Em comunicado a GNR confirma ter feito dois autos de contraordenação, que foram remetidos para a Inspecção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT), a entidade administrativa competente para esta área. A GNR diz ter actuado “no seguimento de várias denúncias encaminhadas para a Linha SOS Ambiente” e para o posto territorial da GNR, sobre a descarga de resíduos industriais em local não autorizado, em Vialonga.
Um assunto que, de resto, já tinha dado que falar na última semana, como O MIRANTE noticiou, depois da Câmara de Vila Franca de Xira ter sido obrigada a realizar uma acção de limpeza que resultou na retirada de 34 toneladas de resíduos daquele local, depois de anos de impunidade em quem ali depositava resíduos, sobretudo provenientes de construção.
O município removeu madeiras, cartão, restos de móveis e porcelanas sanitárias, bem como resíduos de obras e sacos com outros materiais, como areias e entulhos. O problema há muito que causava queixas, não apenas da vizinhança mas também dos autarcas, que criticavam a passividade dos serviços de fiscalização e das autoridades perante aquele que era um exemplo de desleixo e incúria.
O município já dizia que o problema do depósito ilegal de resíduos no parque empresarial do Olival das Minas tem sido acompanhada, monitorizada e fiscalizada há mais de um ano em articulação com a Divisão de Fiscalização Municipal e o SEPNA e também da parte da câmara municipal já tinham sido emitidos vários autos de contraordenação por descargas ilegais mas muitos continuavam a arriscar depositar ali o lixo ao invés de o encaminhar para valorização.