Carros abandonados em Santarém dão má imagem e potenciam o vandalismo
Presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém diz que há cerca de setenta automóveis abandonados na cidade, que ocupam lugares de estacionamento, dão má imagem e potenciam o vandalismo. Leitor denunciou recentemente mais dois casos, junto à Urbanização Olival do Arame.
A proliferação de automóveis abandonados no espaço público em Santarém continua a motivar críticas e queixas, não só por parte de autarcas mas também de munícipes. O MIRANTE recebeu recentemente mais uma denúncia de um cidadão, morador na Urbanização Vale do Arame, junto à Estrada de São Domingos. Nas traseiras dos blocos de apartamentos encontram-se duas viaturas abandonadas há anos, segundo o morador, às quais já foram retiradas peças. O munícipe diz que a PSP já foi contactada por diversas vezes, mas até à data não houve resultados concretos.
O assunto tem sido também falado nas sessões da Assembleia Municipal de Santarém, nomeadamente pelo presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém, Diamantino Duarte (PS), que tem pedido soluções à câmara municipal. Isso voltou a acontecer na sessão de final de Abril, com o presidente de junta a dizer que pelo último levantamento feito havia à volta de 70 veículos abandonados em Santarém que estão a roubar lugares de estacionamento. Em resposta, o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), referiu que foi estipulada uma metodologia com a PSP para irem paulatinamente removendo as viaturas do espaço público.
No final de Novembro de 2023 o assunto já tinha sido abordado por O MIRANTE, tendo na altura a PSP informado que até Outubro do ano passado tinham sido rebocados 37 automóveis abandonados na via pública para o interior do parque de viaturas da sede do Comando Distrital de Santarém. Um número superior ao total do ano de 2022, que foi de 35 veículos. A Polícia de Segurança Pública informava ainda que foi registada no ano passado a saída do parque de outras 50 viaturas, entregues aos legítimos proprietários ou para centro de abate de viaturas em fim de vida, enquanto em 2022 foram 35.
A PSP referiu ainda que há diversas situações de viaturas em estado de abandono que são resolvidas sem abertura de processo, da forma mais ágil possível, apenas com a realização de diligências junto dos legítimos proprietários, que são avisados da infracção que estão a cometer e removem, voluntariamente e pelos seus próprios meios, as viaturas da via pública.
O Comando Distrital de Santarém da PSP esclareceu ainda que, por existir escassez de espaço físico no interior do parque de viaturas da sede do Comando Distrital, único local com garantias de segurança para a guarda de viaturas removidas da via pública, é feita uma priorização das situações que carecem dessa mesma remoção para o interior do espaço. “Concretamente, temos que privilegiar a remoção para este mesmo parque das viaturas furtadas aos seus proprietários e que são localizadas na via pública, as viaturas alvo de crime para diligências de recolha de prova, as viaturas apreendidas à ordem de processos crime, viaturas que impeçam entradas/saídas, que impliquem ou condicionem a liberdade de circulação de terceiros e por último viaturas abandonadas na via pública”, explicava a PSP. A Polícia acrescentava que o processo de abate de viaturas abandonadas na via pública é um processo que demora vários meses desde a sinalização da viatura até ao abate da mesma e remoção.