Sociedade | 15-06-2024 10:00

Criança de quatro anos ingere detergente e mãe queixa-se de direcção de colégio no Cartaxo

Criança de quatro anos ingere detergente e mãe queixa-se de direcção de colégio no Cartaxo
Filha de Sílvia Martins ingeriu detergente e foi parar ao hospital. Mãe queixa-se de que a direcção do colégio desvalorizou situação

Beatriz, uma criança de quatro anos, ingeriu detergente à hora do lanche num colégio do Cartaxo. A mãe só soube da situação pela filha, que foi parar ao hospital, e queixa-se da direcção, que considera ter desvalorizado a situação. A instituição abriu um processo de averiguação interna.

Sílvia Martins, mãe de Beatriz, de quatro anos, está revoltada com a direcção do colégio onde andava a filha, depois da mesma ter ingerido líquido detergente e não terem dado a devida importância à situação. A mãe conta a O MIRANTE que Beatriz estava na hora do lanche no Colégio Pergaminho Mágico, no Cartaxo, quando pulverizou para a boca um detergente que contém lixívia. A situação, segundo Sílvia Martins, ocorreu na terça-feira, 4 de Junho, dia em que existia alegadamente apenas uma funcionária para 22 crianças. Embora as funcionárias tenham tido conhecimento da situação, a mãe queixa-se de ter sabido da mesma apenas pela filha. Contactada por O MIRANTE, a directora do colégio, Zulmira Simão, preferiu não prestar declarações, uma vez que está a decorrer um processo de averiguação interna.
Beatriz passou a noite no Hospital CUF Descobertas, no Parque das Nações, e está a recuperar, comendo à base de líquidos e comidas frias. Sílvia Martins achou estranho a filha estar a queixar-se com dores de barriga quando se dirigiu à escola às 18h30 daquela terça-feira. Alguns minutos mais tarde, as dores tornaram-se cada vez mais insuportáveis e no regresso a casa a pequena vomitou uma substância “acastanhada e esponjosa”, ficando mais aliviada, mas “prostrada e sonolenta”, descreve a mãe. Após o banho adormeceu no sofá, acordando repetidamente com dores abdominais. Por volta das 20h30 voltou a vomitar, um vómito intenso, de cor amarelada e esponjosa. Sílvia questionou o que tinha lanchado, ao que Beatriz responde: “dói-me a barriga por causa do detergente”. Ao chegar ao hospital, foi-lhe receitado um comprimido de carvão activado. Após observação médica verificou-se que não havia queimaduras ao redor da boca nem outras lesões graves, apenas algumas bolhas e vermelhidão.
Sílvia Martins solicitou uma reunião com a direcção da escola na manhã seguinte e com a educadora que estaria a acompanhar a filha, mas o resultado não foi o esperado. Sílvia Martins denunciou a situação junto da Segurança Social, Inspecção-Geral de Educação e Ciência e CPCJ. A mãe afirma que a directora do colégio desvalorizou a situação. “Desde a reunião não houve um pedido de desculpas nem preocupação em saber se Beatriz está bem”, garante Sílvia Martins, que solicitou também o livro de reclamações.

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