Sociedade | 20-06-2024 12:00

Esfaqueada seis vezes dentro do carro no Carregado

Uma jovem de 24 anos foi agredida com arma branca no interior do seu automóvel, após ter estacionado a viatura junto à porta de casa, no Carregado. O crime está a ser investigado pela Polícia Judiciária.

Ainda há muitas pontas soltas para esclarecer no caso da rapariga de 24 anos agredida com seis facadas dentro do seu automóvel que acabara de estacionar junto à casa onde vive no Carregado e o caso está nas mãos da Polícia Judiciária. Não está descartada nesta fase da investigação uma eventual ligação entre os suspeitos da agressão e a vítima, sendo que por se tratar de um ataque com arma branca o caso pode configurar tentativa de homicídio. Por isso as autoridades estão no terreno para perceber o que realmente aconteceu na madrugada de 11 de Junho.
Para já, as autoridades querem perceber até que ponto os suspeitos do ataque poderiam conhecer a vítima e as suas rotinas, já que o local onde o crime aconteceu, na Rua das Palmeiras, numa zona pacata de moradias nos arredores da vila do Carregado e a uma hora insuspeita, levanta dúvidas. As certezas só chegarão com o avançar da investigação e, apurou O MIRANTE, os dois suspeitos terão idade semelhante à vítima, são portugueses e residirão no concelho de Alenquer.
O nosso jornal bateu à porta da casa dos familiares da vítima mas não obteve resposta. Do que se sabe, o crime aconteceu quando a jovem tinha acabado de estacionar o carro à porta de casa e se encontrava dentro dele a mexer no telemóvel. Foi nesse instante que, segundo a vizinhança conta ao nosso jornal, um dos assaltantes partiu o vidro do automóvel e começou a esfaquear a jovem, seis vezes nos braços, enquanto esta fugia , ensanguentada, para o banco do passageiro. Os gritos de pânico acordaram os moradores, a começar pela irmã da jovem ferida, que acordou o pai.
“Quando acordei só ouvi os gritos e um homem a dizer para lhe dar a chave do carro”, recorda uma outra vizinha que quis manter o anonimato com medo de represálias. O que se sabe até agora pelos vários relatos é que a vítima rastejou para fora do carro até chegar ajuda. O agressor tentou fugir com o carro enquanto a rapariga estava no chão mas não conseguiu por se tratar de uma viatura sem chave física (“keyless”) que estava no bolso da vítima. Um segundo cúmplice que aguardava o desfecho do assalto, ao longe, fugiu perante o aparato, assim como o agressor ao ver a vizinhança a aproximar-se.
A rapariga foi assistida no hospital e já teve alta. Já prestou declarações na GNR e vai ser ouvida por inspectores da PJ, juntamente com os pais e alguns amigos próximos. Encontra-se psicologicamente abalada mas a recuperar.

“A câmara e a junta não fazem nada”

Foi a primeira vez no bairro que um crime desta dimensão aconteceu e vários moradores estão aterrorizados com a situação. Há até quem esteja a ponderar instalar alarmes nas habitações e outros moradores que apontam o dedo à Câmara de Alenquer e à Junta do Carregado por fazerem pouco no que toca a reivindicar mais meios para as forças de segurança. “Aqui nem candeeiros de jeito temos durante a noite. A Junta do Carregado não faz nada”, critica um morador. “A segurança é um pilar da nossa sociedade. Amanhã pode ser com um filho ou um neto nosso. Não pode acontecer. Precisamos de mais polícia na rua”, apela.

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