Sociedade | 23-06-2024 15:51

Autarca de Vila Franca de Xira desvaloriza queixas sobre barulho dos aviões

Autarca de Vila Franca de Xira desvaloriza queixas sobre barulho dos aviões

Queixas ao ruído dos aviões sobre as cidades de Alverca e Póvoa de Santa Iria continuam e município diz que é preciso manter-se atento ao que a NAV vai fazer no futuro. Em Alverca o presidente da junta diz que as explicações da empresa não o tranquilizaram.

A culpa é do vento que está a causar uma sensação de ruído: foi desta forma que o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, reagiu na última reunião do executivo a um novo conjunto de críticas ao barulho que está a ser sentido pela passagem dos aviões sobre o concelho ribatejano desde que a empresa NAV introduziu um novo modelo de gestão do tráfego aéreo no aeroporto de Lisboa.
“Nesta altura os ventos predominantes são sempre no mesmo sentido e por isso é que as descolagens estão a ser feitas para cima do nosso concelho. Terá sido essa coincidência do momento do ano e dos ventos dominantes que tem provocado essa sensação”, afirmou. O autarca reagia às queixas de Nuno Libório, da CDU e de Bárbara Fernandes, do Chega, que deram voz aos lamentos que têm sido sentidos pela comunidade.
“A câmara contactou a NAV que nos deu conta das alterações feitas sobretudo nas aproximações à Portela e a nova rota para a zona Oeste. Ficaram de ver e estudar bem esta questão, até para ver se é preciso introduzir alterações no modelo na sequência do contacto que eu próprio fiz com a NAV e o Ministro das Infraestruturas sobre o assunto”, vincou Fernando Paulo Ferreira, prometendo ficar atento a eventuais alterações que venham a surgir.
Menos convencido está o presidente da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, Cláudio Lotra, que afirmou na última assembleia de freguesia que as explicações da NAV não o descansaram. “Temos a preocupação de ir acompanhando este assunto”, lembrou o autarca, notando que as explicações da NAV valorizam critérios ambientais e outros que não podem ser feitos às custas da população. Uma posição que foi ao encontro de Fernando Caio, da bancada da CDU, que acusou a NAV de não ter argumentos válidos para justificar a alteração. “Se isto tem valor económico para a empresa ou os passageiros quem está a pagar esse valor são os moradores, com a nossa saúde e perturbação para dormir”, criticou.

* Notícia desenvolvida na edição impressa de O MIRANTE

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