Sociedade | 24-06-2024 12:00

Hotel do Cartaxo novamente em leilão por um preço muito mais baixo

Hotel do Cartaxo novamente em leilão por um preço muito mais baixo
Hotel do Cartaxo está à venda em leilão por 450 mil euros

Com as várias tentativas de vender o imóvel falhadas, porque os interessados queriam utilizar o espaço para outros fins, o que não é permitido, os credores decidiram baixar o preço definido inicialmente que era de 2.1 milhões de euros. Neste momento o que se pretende é encontrar uma solução o mais rápido possível.

O Hotel da Quinta das Pratas, no Cartaxo, encerrado à força em Maio de 2022, volta a estar em leilão, agora por 450 mil euros, quando na primeira tentativa de venda o preço era de 2,1 milhões de euros. A ideia é tentar reactivar o espaço evitando mais prejuízos aos credores, sendo um dos maiores o Instituto do Turismo de Portugal, com quase 2,5 milhões de euros, que aceitaram reduzir o valor até porque o imóvel está blindado a outras utilizações que não a da hotelaria. A redução do valor tem também em conta o facto de a unidade estar desadequada dos tempos actuais, em termos de rentabilização, por ter apenas 30 quartos.
A decisão de aceitar um valor muito inferior deve-se às condicionantes, tendo em conta que os últimos interessados fizeram propostas de aquisição pensando que podiam utilizar o imóvel, com 30 quartos, para outros fins como lar de idosos. O administrador de insolvência, Wilson Mendes, questionado por O MIRANTE, refere que o leilão está a ter alguns interessados que já comunicaram a intenção de visitar o espaço. Sublinha ainda que tem estado em contacto permanente com a Câmara do Cartaxo numa união de esforços para se encontrar uma solução para o espaço.
O administrador de insolvência, acompanhado pelas autoridades, tomou posse do imóvel em 20 de Maio de 2022 por o espaço estar a ser explorado ilegalmente por uma entidade terceira à empresa insolvente, a Oliveira e Baião Hotelaria e Turismo, e que detinha o hotel. O primeiro leilão em Outubro de 2022, que não teve interessados, no dia 23 de Novembro, a leiloeira a quem foi entregue o processo de venda disse que houve uma empresa que licitou e a quem foi adjudicado o direito de superfície do hotel, mas o negócio não se concretizou. As tentativas seguintes de vender o imóvel voltaram a falhar.
A insolvência da Oliveira e Baião Hotelaria e Turismo decorre desde 2014 O edifício de três pisos dispõe de 30 quartos e uma área total de quatro mil metros quadrados. A venda do hotel implica a obrigação de manter o imóvel como unidade hoteleira, sob pena de a câmara municipal accionar a reversão do direito de superfície de 70 anos, que se iniciou em 1998, sendo válido até 2068.
A venda destina-se a fazer face às dívidas reclamadas pelos credores, entre os quais estão o Instituto de Turismo de Portugal, que reclama um crédito de perto de 2,5 milhões de euros (77%), o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (412,6 mil euros), a Autoridade Tributária (187 mil euros), trabalhadores, entre outros. O montante global das dívidas é de 3,2 milhões de euros.

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