Sociedade | 26-06-2024 17:41

Câmara de Santarém interessada no degradado Teatro Rosa Damasceno mas não a qualquer preço

Câmara de Santarém interessada no degradado Teatro Rosa Damasceno mas não a qualquer preço

A Câmara de Santarém não esconde o interesse em ficar com o devoluto Teatro Rosa Damasceno, mas o presidente do município garante que nunca chegará ao valor de 350 mil euros fixado em leilão por um edifício degradado que “vale zero”.

A Câmara de Santarém está interessada em ficar com o degradado e devoluto Teatro Rosa Damasceno mas não pretende cobrir a parada de 350 mil euros, valor base por que foi colocado a leilão o edifício em resultado do processo de insolvência da empresa Enfis, Hotelaria e Turismo. Na última sessão da assembleia municipal, o presidente da Câmara de Santarém não escondeu o interesse da autarquia em ficar com o histórico imóvel, mas não a qualquer preço. Até porque, segundo Ricardo Gonçalves, o imóvel “vale zero”, tendo em conta que está em zona agora considerada non aedificandi (onde não é permitido construir) e qualquer intervenção de requalificação obriga, previamente, à realização de trabalhos de estabilização da encosta adjacente e da estrutura do edifício que não custarão menos de 500 mil euros.

Ricardo Gonçalves revelou que a sua posição já foi comunicada à massa insolvente da Enfis, Hotelaria e Turismo, empresa que integrou o grupo Enfis liderado pelo empresário Joaquim Rosa Tomaz. O Rosa Damasceno está em zona considerada non aedificandi e com o acentuar da degradação verificou-se que não se conseguem colocar micro-estacas para consolidar as encostas sem estabilizar primeiro a estrutura do imóvel.

Ou seja, quem quiser comprar o edifício para lhe dar um destino terá primeiro que garantir obras de estabilização na encosta das traseiras, que o anterior proprietário do edifício não permitiu, quando o município interveio em várias barreiras da cidade. “O município não pode pagar por um imóvel que vale zero. Só para começar é preciso gastar 500 mil euros”, enfatizou o autarca, lembrando que somando essa verba ao valor base do leilão a despesa rondaria quase um milhão de euros só para se ficar com o imóvel e poder-se fazer alguma coisa dele. “A Câmara de Santarém nunca oferecerá esse montante e duvido que algum investidor o faça”, afirmou Ricardo Gonçalves, em resposta a questões colocadas pela eleita da CDU Rita Correia.

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