Sociedade | 29-06-2024 14:02

Mais de meio milhar de assinaturas contra fecho de acesso à praia fluvial de Alverangel

Mais de meio milhar de assinaturas contra fecho de acesso à praia fluvial de Alverangel
Praia Fluvial de Alverangel só tem acesso por caminhos privados. fotoDR

Tem aumentado a contestação da população contra o fecho do acesso à praia fluvial de Alverangel, no concelho de Tomar. Abaixo-assinado conta já com mais de meio milhar de assinaturas e presidente da câmara continua a colocar como hipótese a expropriação do terreno.

A colocação de uma vedação cortou o acesso à praia fluvial de Alverangel, em Tomar, que se fazia por um terreno privado, o que tem gerado protestos e apelos da população ao presidente do município para intervir. Moradores da freguesia de São Pedro, onde se situa a praia fluvial, em plena albufeira de Castelo do Bode, não se conformam com a colocação de um portão por parte do proprietário do terreno para vedar a passagem pelo local e criou uma petição pública “contra o encerramento do acesso”, dirigida ao presidente da Câmara Municipal de Tomar. O abaixo-assinado conta já com mais de meio milhar de assinaturas.
Na petição, em que se lê “a praia é nossa há mais de 50 anos”, os signatários referem que o local é procurado “por aqueles que gostam de um ambiente sereno e tranquilo, de alta qualidade”, sendo “um dos recantos mais aprazíveis da albufeira de Castelo do Bode”. É ainda referido que “a praia fluvial de Alverangel está identificada como tal pelos Ministérios da Defesa Nacional e da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território”, mas “tem agora o acesso fechado com uma corrente e todos os banhistas têm sido expulsos e afastados pelos novos proprietários”. Os subscritores pedem ajuda para “ter de volta o acesso a pé à praia fluvial”, diligências que o presidente do município confirmou à Lusa já ter iniciado junto dos proprietários dos terrenos.
“Percebo naturalmente a indignação, embora também seja preciso que as pessoas entendam o historial do processo”, disse Hugo Cristóvão, relativamente a uma “situação que se desenrolou durante várias décadas. O processo “culminou, há três/quatro anos, com uma decisão final em tribunal […] que declarou o caminho como privado”. No entanto, acrescentou, “não houve uma questão de maior porque o então proprietário nada fez”, em termos do acesso à praia. A questão, notou o autarca, é que entretanto o dono vendeu o terreno e o novo proprietário vedou o caminho e “está no seu direito”, apesar de a população o reclamar como público. Agora, a praia apenas está acessível por água.
Hugo Cristóvão sublinhou que “já houve uma primeira reunião com o principal proprietário”, em que “foi expressa essa vontade de encontrar uma solução que seja razoável e que seja boa para a comunidade, mas também, por outro lado, para o proprietário, no sentido em que tem efectivamente ali uma propriedade e tem direito a ela”. Segundo Hugo Cristóvão, no limite, poderá ser feita uma tentativa da expropriação com o argumento do interesse público. Para o município, “é com o diálogo que se podem encontrar melhores soluções”.

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