Abrantes questiona recuperação de sanitários e fontanários devido ao vandalismo permanente
O presidente da Câmara de Abrantes considera não ser comportável para a autarquia estar permanentemente a recuperar infraestruturas que, logo a seguir, são vandalizadas. Sobre a erosão da margem direita do Tejo pela força da água, o líder camarário garantiu que o problema vai ser resolvido.
O presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Valamatos (PS), defendeu na assembleia municipal, que se realizou no dia 21 de Junho, não ser sustentável a autarquia estar permanente a arranjar as instalações sanitárias do Jardim do Castelo, uma vez que, logo que as recuperam, são novamente vandalizadas. “Temos de perceber as funcionalidades da infraestrutura e perceber o que é efectivamente necessário”, afirmou o autarca, deixando deste modo claro não ser esta uma prioridade da câmara.
A mesma questão passa-se relativamente aos marcos de água e fontanários junto à escola da Arrifana, a caminho do cemitério e também junto à antiga moagem no Rossio ao Sul do Tejo. Nestes casos, Manuel Valamatos disse estarem a ser gradualmente recuperados, mas reforçou a questão do vandalismo e a necessidade de se intervir nesta matéria. O autarca falava em resposta à intervenção do deputado do Bloco de Esquerda, José Silva, exigindo esclarecimentos sobre os marcos de água e fontanários cujas torneiras foram retiradas e vedado o acesso à água.
A União de Freguesias de Abrantes, São Vicente, São João e Alferrarede está, apesar de tudo, a fazer o seu trabalho. No final de Maio, informou na sua página de Facebook de que tinham iniciado trabalhos de conservação e pintura de fontanários e lavadouros, planeando também recuperar algumas fontes a necessitar de restauro profundo. “Não conseguimos fazer tudo em simultâneo mas paulatinamente iremos dignificando o nosso património de forma a manter viva a memória dos nossos antepassados”, escreveram.
Ainda em relação à intervenção do deputado José Silva na assembleia municipal, Manuel Valamatos foi também questionado sobre se tinha conhecimento de que a margem direita do rio Tejo, depois do açude, está a ser destruída pela força da água. “A situação, ao que parece, deve-se ao facto da comporta do lado direito estar totalmente aberta e as outras insufladas”, afirmou o deputado. O presidente reconheceu que só agora teve conhecimento do problema, mas garantiu que já está em “fase de análise e estudo” e assegurou que os serviços camarários vão intervir e tomar conta do assunto.