Sociedade | 30-06-2024 15:00

População de Parceiros de Igreja continua a queixar-se da poluição de fábrica de bagaço de azeitona

População de Parceiros de Igreja continua a queixar-se da poluição de fábrica de bagaço de azeitona
TEXTO COMPLETO DA EDIÇÃO SEMANAL
Moradores continuam a sentir problemas e aparentemente as irregularidades prosseguem

Vereador João Trindade levou para a sessão camarária o tema da poluição em Parceiros da Igreja, que alegadamente tem como responsável a Cratoliva. Autarcas mostraram-se solidários com a população.

Os episódios de poluição em Parceiros da Igreja voltaram a ser assunto na reunião de Câmara de Torres Novas, depois do vereador João Trindade ter referido que o município está solidário para com a população que continua a denunciar a ocorrência de irregularidades. “Temos recebido diversas queixas da população de Parceiros da Igreja relativamente à possível poluição de uma unidade fabril, a Cratoliva, que tem sido responsável pelo aparecimento de resíduos na ribeira e poluição atmosférica. A câmara está a fazer o seu papel, mas lançamos o repto para que todas as entidades responsáveis pela fiscalização percebam se estão ou não a haver ilegalidades”, disse.
Tiago Ferreira, vereador do PSD, também abordou o assunto afirmando que não basta aos autarcas mostrarem-se solidários, que é preciso saber que medidas efectivas foram tomadas para resolver a situação. “O que foi feito para evitar aquele atentado ambiental? Temos que fazer qualquer coisa. É impossível para aquelas pessoas viverem naquela realidade”, disse. João Trindade respondeu garantindo que o município está a desenvolver trabalho, embora não tenha detalhado pormenores. “Não exporia o assunto se nós não estivéssemos a cumprir com as nossas obrigações”, salientou o autarca, que reside naquela freguesia.
Recorde-se que O MIRANTE esteve, em 2021, com vários moradores da freguesia que se queixavam dos maus cheiros e a poluição causados por uma fábrica de processamento de bagaço de azeitona. A situação já se arrasta há vários anos e os moradores continuam a criticar a passividade das entidades de fiscalização ambiental em identificar e notificar os responsáveis e pedem respostas rápidas temendo problemas para a saúde causados pela poeira negra que assenta nas casas, roupas e terrenos agrícolas. “Não conseguimos ter uma janela aberta por causa da poeira e do mau cheiro que se entranha em casa”, disse na altura ao nosso jornal Luís Jeremias, que já apresentou queixa à GNR.
Alguns meses depois, a Câmara de Torres Novas deu 90 dias à Cratoliva para solucionar as irregularidades detectadas após inspecção de várias entidades, nomeadamente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR). Aparentemente os problemas continuam e as irregularidades não foram corrigidas.

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