Sociedade | 01-07-2024 12:00

Escola da Chasa em Alverca está velha e pode comprometer segurança das crianças

Escola da Chasa em Alverca está velha e pode comprometer segurança das crianças
Escola Básica da Chasa tem mais de quatro décadas de funcionamento e poucas obras de requalificação

Associação de pais diz a O MIRANTE que sem manutenção adequada a situação actual da escola da Chasa pode comprometer a segurança e o bem-estar da comunidade escolar. Autarcas também criticam demora nas obras por parte do município.

A Escola Básica Nº4 da Chasa, em Alverca, tem mais de 40 anos de uso e tem sofrido apenas pequenos trabalhos de manutenção pontual que não resolvem todos os problemas de fundo. O telhado em mau estado causa infiltrações nas salas, as janelas e os candeeiros estão em mau estado, vários estores não funcionam, a iluminação é deficiente, a central de incêndio esteve um ano sem funcionar e só graças aos pais têm sido feitos outros pequenos trabalhos que a escola precisa, como pintura e remodelação de algum equipamento. As queixas partiram de vários pais depois de a 7 de Junho chuvas fortes terem inundado duas salas da escola e obrigado as crianças a ir para casa. A situação também provocou danos adicionais no tecto e no piso que, já por si, estava demasiado velho.
A O MIRANTE, a associação de pais daquela escola diz ver com grande preocupação o estado actual do edifício. “Actualmente enfrentamos uma série de problemas que a longo prazo e sem a manutenção adequada poderá comprometer a segurança e o bem-estar da comunidade escolar”, avisa a associação, em resposta enviada às questões do nosso jornal, confirmando as infiltrações de água nas salas e no exterior do telheiro bem como em várias instalações eléctricas. “Estes problemas não apenas prejudicam o ambiente físico, mas também impactam negativamente o processo educativo”, criticam os pais, que defendem a reabilitação como uma necessidade urgente. “Um ambiente escolar seguro e bem cuidado é essencial para garantir que nossos alunos possam aprender e se desenvolver plenamente. Além disso, professores e funcionários necessitam de um ambiente adequado para desempenhar suas funções de forma eficaz”, notam.
A somar às queixas está a falta de um pavilhão desportivo para as crianças poderem praticar desporto. Actualmente a EB nº4 da Chasa é a única do Agrupamento Pedro Jacques Magalhães que não possui este equipamento. “A falta de instalações desportivas adequadas não só impede a realização de actividades físicas regulares, principalmente no Inverno, como também reduz as oportunidades de eventos desportivos e de promoção da saúde na escola”, consideram os pais.

Há dinheiro para concertos e não há para escolas
Na última reunião de câmara de Vila Franca de Xira o assunto foi também criticado pelos vereadores da CDU, com Nuno Libório a criticar “a situação calamitosa” da escola que, disse, não garante as condições mínimas de salubridade e segurança das crianças e professores. “Isto não é aceitável. A câmara gasta 600 mil euros no Xira Sound Fest e depois não tem dinheiro para reparar uma escola e dar as condições mínimas de segurança para a actividade lectiva?”, questionou o autarca.
O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira (PS), lembrou que a câmara tem hoje meia centena de estabelecimentos de ensino ao seu cuidado e que a escola da Chasa será uma das próximas prioridades. Diz que as intervenções têm sido articuladas com a associação de pais e a direcção da escola, mas a associação de pais nega a O MIRANTE essa afirmação do autarca. “O que aconteceu foi uma situação anómala, antes de um fim-de-semana com feriado a uma segunda-feira. Apesar disso os nossos serviços deram resposta a essa situação”, desvalorizou.
O mau estado da escola também foi criticado pela bancada da CDU na última Assembleia de Freguesia de Alverca, com o presidente da junta, Cláudio Lotra, a notar que as escolas do Bom Sucesso e da Chasa serão as próximas a receber obras. “A intervenção não aconteceu a tempo e com a intempérie entrou água para duas salas. A indicação que temos da câmara é que agora durante o período das férias escolares estas situações serão corrigidas e intervencionadas”, anunciou.

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