Ambientalistas ganham no caso Portucale mas câmara vai recorrer
Deliberações da Câmara de Benavente com mais de 30 anos foram agora consideradas nulas, no âmbito do célebre caso Portucale que fez correr rios de tinta nas últimas décadas. O presidente do município anuncia que vai recorrer.
A Câmara Municipal de Benavente vai recorrer do acórdão do Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) que deu razão à organização ambientalista Quercus e considerou nulas as deliberações da autarquia da década de 1990 que aprovaram um projecto turístico da sociedade Portucale, do grupo Espírito Santo, numa zona de sobreiros da Herdade da Vargem Fresca. O projecto nunca chegou a concretizar-se, o Grupo Espírito Santo colapsou com estrondo mas o caso continua a dar que falar. E para o local pretende-se agora implantar um empreendimento ligado ao turismo de saúde.
“Vamos avançar para recurso considerando que há um conjunto de situações que justificam essa decisão. Os nossos técnicos juristas dizem-nos para avançar com o recurso”, sublinhou a O MIRANTE o presidente da autarquia, Carlos Coutinho (CDU), logo após o final da reunião de câmara de 1 de Julho.