Em 2030 metade da população está em risco de ter alergias
Poluição e alimentação são os factores principais para o desenvolvimento de doenças alérgicas. O diagnostico atempado é essencial para não agravar os sintomas. Assinala-se esta segunda-feira, 8 de Julho, o Dia Mundial da Alergia e o MIRANTE esteve à conversa com a médica Rita Aguiar.
Com o padrão da vida actual estamos mais propensos a desenvolver sintomas alérgicos, sobretudo na parte respiratória. O alerta é da médica Rita Aguiar, da Clínica Central do Carregado.
Em 2030 é previsível que quase metade da população mundial apresente uma doença alérgica. A alimentação e as alterações climáticas, as cidades poluídas onde trabalhamos e habitamos, vão cada vez mais aumentar esse risco. “Tenho uma grande heterogeneidade de pacientes e consigo ver bebés de quatro e seis meses com alergias alimentares ao leite ou ovos, como vejo pessoas de 85 e 90 anos com alergias medicamentosas. A doença é prevalente e nunca é tarde para termos uma alergia. É a genética e o ambiente que modelam a patologia alérgica”, explica.
A área da Grande Lisboa é uma das que mais sofre com o aumento de poluição. Perto do aeroporto e fábricas a situação agrava-se o que tem impacto directo na saúde. “A partir do momento em que há sintomas devemos diagnosticar para modelar a inflamação alérgica, para tratar antecipadamente o problema para que ele não aumente e se agrave. Uma alergia é uma resposta exagerada do organismo contra algo que deveria ser normal”.