Sociedade | 08-07-2024 12:00

Ribeira de Rio de Moinhos continua a dar polémica em Abrantes

Ribeira de Rio de Moinhos continua a dar polémica em Abrantes
Obras na ribeira de Rio de Moinhos têm sido muito contestadas pela população das aldeias envolventes. fotoDR

Última Assembleia Municipal de Abrantes voltou a ter como tema as obras na ribeira de Rio de Moinhos, que têm estado envoltas em polémica e que já levaram populares a recorrerem ao tribunal.

Na última Assembleia Municipal de Abrantes, João Damas, que se apresentou na condição de cidadão, ele que foi candidato pela CDU às autárquicas de 2021, pediu mais uma vez a suspensão da obra da ribeira de Rio de Moinhos, acusando a autarquia de autoritarismo. ”Será que câmara está a confundir a maioria absoluta com o poder absoluto do quero, posso e mando, próprio de regimes não democráticos?”, questionou João Damas, já depois do presidente da autarquia, Manuel Valamatos, ter confirmado que a empreitada não só se mantém em curso, como foi solicitada uma prorrogação do seu prazo de execução, que terminou já este mês.
João Damas leu uma carta que já tinha entregue ao Gabinete de Apoio ao Presidente onde insinua que a câmara estará “mais interessada nos euros que vai receber da obra do que no seu resultado”. João Damas leu todas as perguntas, ao longo de largos minutos, mas todas ficaram sem resposta. Manuel Valamatos não disse uma palavra após a intervenção de João Damas, e o presidente da assembleia municipal, António Mor, explicou as razões. “Somos um órgão deliberativo e as perguntas que nos faz, se calhar, são de natureza técnica, às quais não estou em condições de responder. Nós remeteremos este documento para o executivo. Terá o seguimento que é de norma neste tipo de situação”, afirmou. Manuel Valamatos assentiu com a cabeça e a assembleia municipal foi dada como concluída.
A polémica sobre a ribeira de Rio de Moinhos promete continuar acesa. Recorde-se que tudo começou quando um grupo de populares exigiu o encerramento da obra por estar a ser destruída uma ribeira de água limpa e cristalina, alterando o seu curso natural e transformando-a numa vala gigante, com paredes de pedregulhos, seguros por rede e por tela 100% plástico. As obras já originaram participações judiciais e duas providências cautelares para correcções no projecto.
Recentemente, Manuel Valamatos referiu a O MIRANTE que a ribeira de Rio de Moinhos esteve abandonada durante vários anos e que era obrigatória fazer alguma coisa para a revitalizar. “Estive durante muito tempo a pressionar o Ministério do Ambiente para que tomássemos uma posição de requalificação daquela linha de água (…) Fez-se o projecto e foi validado. Nós queremos proteger as pessoas, os seus bens, e requalificar um recurso natural que esteve muitos anos abandonado. A grande maioria das pessoas parece-me que está absolutamente de acordo e existe agora algumas que têm outra visão”, declarou.

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