Sociedade | 12-07-2024 12:00

Encerramento de central nuclear em Espanha vai proteger o rio Tejo e as populações envolventes

Encerramento de central nuclear em Espanha vai proteger o rio Tejo e as populações envolventes
Manuel Valamatos

A central nuclear de Almaraz está situada junto ao rio Tejo e vai ser encerrada, trazendo claros benefícios para o rio e para as populações envolventes, segundo o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo, Manuel Valamatos.

O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo classificou como “absolutamente extraordinária” a notícia do encerramento da central nuclear espanhola de Almaraz, anunciada pela empresa pública ENRESA, responsável pela gestão dos resíduos radioativos de Espanha. “É uma notícia absolutamente extraordinária e, se o Tejo verdadeiramente se pudesse manifestar, daria pulos de alegria. Eu acho que é uma notícia absolutamente extraordinária para o país, para a região, para o futuro das novas gerações”, disse à Lusa Manuel Jorge Valamatos (PS).
Para o autarca, que também preside à Câmara de Abrantes, “ter a expectativa que, até 2030, venha a acontecer o desmantelamento desta central nuclear, que tem uma relação de grande proximidade com o rio Tejo (…) é uma notícia que nos deixa a todos muito optimistas relativamente ao futuro e às questões do próprio equilíbrio ambiental que importa ter a todo o tempo presente”.
A empresa pública espanhola Enresa, responsável pela gestão dos resíduos radioactivos, anunciou o início do processo de concurso para serviços de engenharia destinados ao desmantelamento da central nuclear de Almaraz, situada na província de Cáceres. De acordo com o programa de operação e desmantelamento de instalações nucleares em Espanha, as datas de cessação de funcionamento das Unidades I e II de Almaraz estão previstas para Novembro de 2027 e Outubro de 2028, respectivamente. A partir destas datas, será aberto um prazo de três anos para realizar a transferência de propriedade da central, actualmente nas mãos da Iberdrola, Endesa e Naturgy, para a Enresa para tratar de aspectos do desmantelamento, cujo prazo decorre nos 10 anos seguintes, ou seja, entre 2030 e 2041.
O presidente da CIM Médio Tejo sublinhou que a decisão de desmantelamento da central nuclear de Almaraz “defende o Tejo e protege-o, e às populações envolventes, de algum acidente nuclear”. “Do ponto de vista também ambiental, é uma notícia absolutamente extraordinária para ter um planeta mais sustentável e mais equilibrado”, disse ainda, acrescentando que “vem potenciar e valorizar no futuro este activo tão relevante para o nosso país e para a nossa região”. Em linha com esta posição estão os autarcas dos municípios ribeirinhos de Constância, Mação e Vila Nova da Barquinha, tendo todos declarado a importância da notícia em termos de sustentabilidade ambiental, turística e económica.

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