Sociedade Nabantina de Tomar assinala 150 anos com iniciativas e lançamento de CD
A Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina, de Tomar, vai comemorar 150 anos no próximo mês de Setembro. As comemorações do aniversário vão contar com diversas iniciativas e eventos. O MIRANTE falou com o presidente da associação, João Victal, sobre o aniversário, projectos de futuro e o passado de sucesso da associação.
A Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina vai comemorar 150 anos no próximo dia 12 de Setembro. A Nabantina, como é conhecida no concelho de Tomar, vai assinalar a efeméride com diversas iniciativas e eventos, dos quais se destaca o lançamento pela primeira vez de um CD. O MIRANTE esteve à conversa com o presidente da associação, João Victal sobre o futuro e o passado de sucesso da colectividade.
As gravações para o primeiro disco decorreram no final do mês de Maio, no Auditório da Biblioteca Municipal. Durante uma noite e um dia inteiro, os elementos da banda juntaram-se para a gravação de oito músicas, sendo algumas obras da autoria da Nabantina. O lançamento do disco está previsto para o final do Verão, segundo revelou João Victal. A associação prepara ainda outras iniciativas, como um concerto que vai contar com a colaboração das três bandas do concelho ou a participação numa Corrida de Toiros, em Tomar. Haverá também uma missa de homenagem e memória a todos os “nabantinos” falecidos. João Victal revelou ainda que a associação quer apresentar um vinho comemorativo em parceria com uma adega tomarense.
João Victal está na Nabantina desde 1989. “Estou na Nabantina porque os meus antepassados, desde o meu bisavô, até ao meu pai, sempre estiveram aqui”, explicou a O MIRANTE. Ao longo dos anos ocupou vários cargos na associação, estando como presidente há dois mandatos, desde 2019. Dos 150 anos da Nabantina destaca alguns momentos importantes, como a actuação da banda na Expo 98 ou a participação em concursos de bandas nacionais e até em Espanha.
A banda tem neste momento cerca de 40 músicos e uma escola de música que conta com 20 jovens. O elemento mais velho da banda tem 50 anos e o mais novo tem oito. João Victal olha com alguma apreensão para o futuro da Nabantina: “acho que temos que ter mais apoio a nível da administração central, dos governos. Antigamente tínhamos alguns apoios, mas agora são só as autarquias. Dentro das nossas possibilidades vamos tentando continuar aqui, mas não é fácil, está tudo muito caro, os instrumentos e os fardamentos são caríssimos”, sublinhou.