Autarcas de VFX não reúnem no Casal do Freixo porque técnicos não trabalham fora de horas
Justificação foi dada pelo presidente da Junta de Freguesia de Vialonga, após ser questionado na assembleia de freguesia devido aos problemas de trânsito e insegurança rodoviária no Casal do Freixo. Queixas são recorrentes.
A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira ainda não reuniu com autarcas de Vialonga e moradores do Casal do Freixo porque os técnicos do município não fazem horas extraordinárias nem reúnem fora do horário de trabalho. A justificação foi dada pelo presidente da Junta de Vialonga, João Tremoço, na última sessão da assembleia de freguesia, em que mais uma vez a oposição levantou o tema dos problemas de trânsito no Casal do Freixo.
O eleito pela Coligação Nova Geração e presidente da mesa da assembleia, Fábio Mousinho Pinto, disse não acreditar na justificação dada pela Câmara de Vila Franca de Xira. “Peço ao presidente que faça esforços junto da autarquia porque com certeza existem mecanismos legais que podem ser accionados para os técnicos reunirem com os moradores fora de horas. Não acredito que seja por isso, tem haver vontade política”, reiterou.
A eleita do CDS-PP, Célia Duarte, que é também responsável pela Comissão de Trânsito da assembleia de freguesia, recordou que desde Maio de 2022 se está num impasse em que nada se resolve. O eleito da bancada da CDU, Marcos Rebocho lamentou que se fale do Casal do Freixo em todas as reuniões da assembleia mas sem que nada se faça e questionou quais os resultados da reunião pública que aconteceu com o executivo da junta e moradores daquela localidade em Maio passado. “Os moradores foram explícitos no que querem. A comissão de trânsito trocou e-mails com a câmara mas sem nenhuma conclusão. O problema da câmara é reunir fora do horário de trabalho, se for aqui na junta é mais fácil eles virem. Espero que este mês haja reunião”, respondeu João Tremoço.
Insegurança rodoviária preocupa
Recorde-se que, tal como o MIRANTE noticiou em Março, os moradores do Casal do Freixo queixam-se de excesso de velocidade, poluição, insegurança, falta de passeios, buracos no pavimento e falta de sossego uma vez que diariamente centenas de automobilistas usam as vias do bairro para aceder à autoestrada A1, serra de Santa Iria, MARL e outros pontos.
Na altura, a câmara mostrou abertura para reunir com os moradores mas afiançou que não tinha nenhum pedido de reunião. Disse também que existem pequenas áreas na zona alta do loteamento em que não foram realizados passeios por a sua localização implicar a prévia edificação de lotes. “Na Rua Vasco da Gama o troço de maior inclinação, onde o declive atinge os 17 %, não está prevista a colocação de lombas, porque as boas práticas da segurança rodoviária não aconselham a sua utilização em declives superiores a 8%”, alegou-se. No que diz respeito às acessibilidades ao bairro, a câmara diz que os arruamentos previstos no loteamento, que deu origem à emissão do respectivo alvará, estão executados.