Ourém vai ter sistema de videovigilância nas ruas
O município de Ourém vai investir cerca de 100 mil euros para instalar uma dezena e meia de câmaras de captação de imagens em vários pontos da cidade sede de concelho.
A Câmara de Ourém vai avançar para a criação de um sistema de videovigilância na sede do concelho para apoiar o trabalho da Polícia de Segurança Pública (PSP) e dissuadir a criminalidade. No dia 15 de Julho foi aprovada, em reunião do executivo municipal, uma proposta de protocolo a celebrar com aquela força de segurança, para desencadear o processo de instalação do sistema de videovigilância, com cerca de 15 câmaras, espalhadas um pouco por toda a cidade.
“Felizmente, até ao presente dia, não temos tido em Ourém situações complicadas em termos de violência, mas entendemos que está na altura de também dotarmos a cidade de outros meios, para que a PSP tenha melhores condições de poder acompanhar aquilo que vai acontecendo na cidade”, afirmou o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, à agência Lusa. O objectivo é o de que a PSP possa melhor vigiar toda a cidade e reconheceu que o sistema vai permitir, igualmente, dissuadir a criminalidade.
Para o presidente do município, as câmaras têm uma dupla função, permitir que “a PSP melhor vigie e também dissuasoras de qualquer situação que possa, eventualmente, ocorrer ou que alguém tenha vontade de fazer ocorrer”. Questionado sobre se a sede do concelho tem sido palco de situações de vandalismo em equipamentos municipais, o autarca adiantou que não há registo de grandes danos no mobiliário urbano e no mobiliário público na cidade.
A estimativa de investimento municipal é entre 75 mil e 100 mil euros, para um processo que “poderá demorar um ano até ser implementado”, adiantou Luís Albuquerque. Na proposta de acordo de cooperação a celebrar entre autarquia e PSP, assinala-se que, “em matéria de segurança pública, o apoio das novas tecnologias como meio de prevenção situacional, como é o caso do recurso à videovigilância, tem apresentado resultados muito satisfatórios, quer na diminuição da criminalidade, quer na eficiência e eficácia da actuação policial”.
Por outro lado, o sistema de videovigilância, “em especial nas zonas de maior registo de ocorrências criminais, vias de comunicação e pontes isoladas, mas de importância relevante no contexto da deslocação pedonal, particularidades essas dos locais a vigiar”, é “um meio auxiliar manifestamente adequado para a manutenção da segurança e da ordem pública”. Acresce “a prevenção da prática de crimes e aumento significativo do sentimento subjectivo de segurança das populações residentes e visitantes da cidade”.
A proposta salienta ainda que a instalação do sistema “não visa, em nenhuma instância, substituir a componente humana da actividade policial”, mas antes ser uma ferramenta complementar, “preventiva e reactiva”.