Eleito do Chega queixa-se de ser barrado no almoço de aniversário dos Bombeiros de Benavente
Paulo Cardoso, deputado municipal do Chega em Benavente, afirma sentir-se “humilhado e surpreendido” após lhe ser vedada a participação no almoço do 139.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Benavente. A direcção dos bombeiros justifica a decisão dizendo que nenhum partido político foi convidado.
Paulo Cardoso, deputado do grupo municipal do Chega na Assembleia Municipal de Benavente, diz-se “surpreendido, melindrado e humilhado” após lhe ter sido recusada a participação no almoço comemorativo do 139.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Benavente. O membro da assembleia municipal depois de assistir às celebrações iria participar também no almoço oficial. No entanto, o autarca foi surpreendido pela presidente da assembleia-geral dos Bombeiros Voluntários de Benavente, Anabela Lopes, que o informou de que o seu nome não estava na lista de convidados e, portanto, não havia lugar na mesa.
O deputado, que é pai de um bombeiro em Samora Correia, expressou a sua indignação e desapontamento numa nota pública, destacando que o convite havia sido feito de forma geral a todos os presentes, mas que, por respeito à instituição e com humildade, decidiu retirar-se do local do almoço. “Disseram-me que teria havido um lapso e a minha pessoa, enquanto eleito, não estaria na lista de convidados e, portanto, não haveria lugar para mim à mesa. Repito: houve convite geral para todos! Mas o respeito pela instituição e a formação moral que tenho, de forma humilde e com vergonha, abandonei o local do almoço”, afirmou Paulo Cardoso.
Dirigindo-se à presidente da assembleia-geral dos bombeiros, o político do Chega realçou ainda que “se a senhora presidente não se identifica com o meu partido político, está no seu direito, mas humilhar-me da forma como fez nunca, perdoar sim, mas esquecer nunca”.
O presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Benavente, Nuno Martins, esclareceu a O MIRANTE a polémica gerada em torno do almoço. Nuno Martins explicou que a festa de aniversário tem um cariz mais “íntimo” e é realizada em grande escala apenas de cinco em cinco anos. “Nós não convidámos nenhum partido político para a nossa festa. Que fique claro que nenhum partido foi convidado, até porque era uma festa de cariz mais íntimo e familiar”, disse.
Segundo o presidente dos bombeiros, o eleito do Chega apareceu na festa por sua própria iniciativa, sem ter sido convidado. “Como era uma festa, no final foi dito que as pessoas que estavam seriam convidadas para o almoço, mas o Chega não estava incluído porque não convidámos partido nenhum. Na cerimónia só esteve o presidente da câmara e a presidente da junta de freguesia em funções”, esclareceu.
Nuno Martins enfatizou que a festa tinha um cariz intimista e familiar, e que não esperavam a presença de partidos políticos. “A presidente da assembleia-geral dos bombeiros explicou ao deputado Paulo Cardoso que, dado este contexto, era incómodo para nós convidar um dos partidos para o almoço e os restantes não irem. Mas Paulo Cardoso achou que estávamos a excluir o Chega, mas na realidade não foi assim e nenhum partido foi convidado porque não era esse o objectivo”. O presidente garantiu que a festa do próximo ano, que marcará os 140 anos da instituição, será maior e todos os partidos serão convidados.