Década e meia depois moradores da Quinta dos Anjos continuam sem acessos alternativos
Urbanização só tem uma entrada, por baixo de uma conduta da EPAL, e apesar das promessas continua sem haver uma alternativa. Ideia da Câmara de Vila Franca de Xira passa por alterar loteamento.
Uma década e meia depois das primeiras casas terem começado a ser vendidas na Quinta dos Anjos, em Castanheira do Ribatejo, apenas um dos três acessos previstos foi concretizado e a situação continua a indignar quem ali vive. O único acesso à urbanização continua a ser feito por baixo de uma conduta da EPAL, por uma passagem com 2,70 metros de altura que impede, por exemplo, a passagem de veículos de socorro ou de emergência.
Ainda este mês a necessidade de intervir no subsolo na rua que constituiu o único acesso à urbanização obrigou a levantar o alcatrão e com isso os moradores ficaram sem acesso rodoviário a casa. Há poucos meses um incêndio numa habitação na mesma rua também cortou o acesso à urbanização durante várias horas.
“Isto não é aceitável. As pessoas precisam de poder entrar e sair de casa a qualquer hora. Já houve várias conversas, estavam a ser estudadas coisas e não acontece nada. Já lá vão cinco anos desde a última vez que se falou no assunto e não se fez rigorosamente nada”, lamenta Rui Alves Veloso, morador da urbanização que foi à reunião de câmara levantar o problema. O morador quis também saber o que pensa o município fazer quanto à insalubridade dos edifícios por acabar naquela urbanização e a não conclusão do espaço de fruição pública no centro da urbanização.
O município, já se sabia, tinha em cima da mesa duas ideias para resolver o problema do acesso: uma por cima de um adutor da EPAL nas proximidades e outro pela encosta da urbanização da Cevadeira, que nunca saiu do papel mas que pode ter sido ressuscitado em Abril último, segundo informação avançada pelo presidente do executivo, Fernando Paulo Ferreira. “Estamos a fazer trabalho com o proprietário dos restantes edifícios por acabar na Quinta dos Anjos, visando uma alteração ao loteamento que permitirá a demolição de alguns daqueles edificados para poder abrir uma nova via através do loteamento da Quinta da Cevadeira. É um trabalho complexo mas em que os serviços estão empenhados”, revelou. “O proprietário está disponível para demolir o espaço necessário para o atravessamento da estrada, que é fundamental para criar novo acesso. Estamos a resolver esse processo”, acrescentou.