Sociedade | 28-07-2024 12:00

11 militares da GNR de Aveiras de Cima dormem em T3 e vão ser despejados

11 militares da GNR de Aveiras de Cima dormem em T3 e vão ser despejados
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A GNR continua a trabalhar em Aveiras de Cima num andar arrendado à Junta de freguesia e que não tem condições de alojamento

Os militares da GNR que estão alojados em Aveiras de Cima, num apartamento junto ao posto local, vão ter de deixar a habitação porque a GNR tem três meses de renda em atraso e não aceita o aumento proposto pelo senhorio. Militares não querem mudar de casa porque vão ter mais despesas e temem as novas condições de alojamento.

Os 13 militares da GNR que estão alojados num apartamento em Aveiras de Cima vão ter de sair até dia 1 de Agosto porque a GNR não pagou as rendas em atraso. Daqueles militares, onze estão afectos ao Posto Territorial da GNR de Aveiras de Cima, ou seja, vivem junto ao seu local de trabalho, uma vez que se encontram a centenas de quilómetros das suas zonas de residência. Caso sejam despejados da habitação vão ver agravadas as despesas pessoais em deslocações para o local de trabalho.
Em Janeiro, o dono da habitação, que se encontrava arrendada à Guarda Nacional Republicana há mais de uma década, manifestou a vontade de a ocupar, tendo no entanto sido persuadido pela GNR para não o fazer, devido à impossibilidade de encontrar outro alojamento para os militares do Posto da GNR de Aveiras.
O senhorio do apartamento de tipologia T3 foi sensível à situação dos militares e aceitou não ocupar a habitação a troco de aumentar a renda de 459 euros para 600 euros. O valor foi acordado através de correio electrónico com a GNR, e deveria começar a ser pago em Maio, com possibilidade de o proprietário renovar o contrato por mais um ano. Mas em Maio a GNR não pagou a renda e até à data não efectuou mais nenhum pagamento. O senhorio reuniu com o comandante do Comando Territorial de Lisboa, a seu pedido, onde foi exposta a situação, tendo sido proposto à GNR o pagamento dos valores em atraso para que fosse possível manter os seus militares alojados em Aveiras de Cima.
A proposta foi recusada pela GNR e neste momento o senhorio abdica dos valores actualizados e de juros de mora e quer que sejam pagos três meses de renda ao valor antigo de 459 euros com a condição de os militares saírem do apartamento no dia 1 de Agosto. Para os militares não serem despejados, a alternativa é a instituição pagar 600 euros de renda e o contrato é renovado mais um ano.
O MIRANTE contactou o Comando Territorial de Lisboa da GNR que confirmou a saída dos militares da habitação em Aveiras de Cima, “em virtude do proprietário ter manifestado interesse no aumento do valor da renda”, acrescentando que “estes militares encontram-se actualmente alojados numa casa de propriedade da GNR”, mas não disse qual nem onde.
De acordo com outra fonte, os militares ainda estão em Aveiras de Cima e só deverão sair no final do mês. Os militares não querem ser realojados em condições desconhecidas no Posto Territorial de Azambuja, localizado a cerca de 15 quilómetros do seu local de trabalho. Recorde-se que a Guarda continua a trabalhar em Aveiras de Cima, num primeiro andar com 200 metros quadrados, arrendado à Junta de Freguesia de Aveiras de Cima, sem as condições condignas para alojamento.

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