Utentes do Médio Tejo satisfeitos com desempenho da nova Unidade Local de Saúde
A ULS Médio Tejo indica ter registado, nos primeiros seis meses deste ano, uma sustentada recuperação assinalável da actividade cirúrgica, com as listas de espera a diminuírem significativamente.
Os utentes da saúde do Médio Tejo (CUMST) elogiaram os resultados obtidos com a nova Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo, que agrega a gestão dos cuidados de saúde primários e hospitalares, tendo defendido a divulgação dos dados do primeiro semestre. “Quer na actividade cirúrgica, quer na actividade do hospital de dia, quer nas consultas, quer na diminuição do número de episódios de urgência, nós verificamos que é realmente positivo o trabalho que está a ser desenvolvido”, disse à Lusa Manuel José Soares, porta-voz da CUSMT, depois de uma reunião com a administração da ULS Médio Tejo, com sede em Torres Novas.
Em comunicado, a ULS Médio Tejo indica ter registado, nos primeiros seis meses, uma “sustentada recuperação assinalável da actividade cirúrgica, com crescimentos percentuais homólogos acima dos dois dígitos”, tendo precisado a realização de 5.736 cirurgias programadas, o que representa mais 767 cirurgias face ao mesmo semestre de 2023 e um aumento de 15%.
Já na cirurgia de ambulatório, segundo o relatório, a ULS atingiu a fasquia dos dois mil procedimentos realizados no semestre, um crescimento de 10%, com a cirurgia convencional programada, que inclui internamento, a ter um aumento de 27%, valor que representa mais 426 cirurgias do que em igual período do ano passado.
O documento indica ainda que “as listas de espera cirúrgicas diminuíram significativamente”, facto não quantificado mas que a ULS Médio Tejo imputa à “optimização dos recursos”, tendo ainda dado conta que, “apesar dos constrangimentos programados aos fins de semana, continuam a nascer mais bebés na Maternidade de Abrantes, tendo-se registado um aumento de 2% nos partos realizados naquela unidade hospitalar.
Em declarações à Lusa, em reacção aos resultados parciais agora divulgados, Manuel Soares disse que “a ideia” dos utentes “é que não houve nenhum retrocesso em nenhuma das áreas e houve avanço em algumas”, tendo destacado a internalização das análises, havendo recolha todas as semanas nos centros de saúde para posterior tratamento no laboratório da ULS, que é em Tomar.
A ULS Médio Tejo apresentou em Janeiro um orçamento de 203 milhões de euros (ME) e os cinco eixos estratégicos para 2024, com 19 “acções de melhoria” e 32 medidas prioritárias para “ganhos de saúde e eficiência”, numa entidade que agrega desde o início do ano os cuidados de saúde primários de 11 municípios e as unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas.
Na ocasião, o presidente do conselho de administração da ULS, Casimiro Ramos, disse tratar-se de um modelo organizacional que confere “mais acesso e inovação”, e que as medidas foram desenhadas “pelos próprios profissionais, com contributos de autarcas e comissão de utentes”, e cuja implementação “levará a ganhos de saúde e eficiência para a população”.