Os negócios duvidosos do presidente da Junta de Fátima
Mandatos de Humberto Silva na Junta de Fátima marcados pela acusação de recebimento indevido de vantagem por parte da Filstone e pelo arrendamento da casa mortuária por ajuste directo sem prestar contas aos autarcas eleitos.
O presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Humberto Silva, que agora foi acusado pelo Ministério Público (MP) de recebimento indevido de vantagem e abuso de poder, por beneficiar uma empresa que tem pedreiras na freguesia, a Filstone, do empresário Ricardo Filipe, acusado no mesmo processo de oferta indevida de vantagem, tem sido um autarca envolvido em polémicas desde que assumiu o cargo. Uma das situações mais estranhas é a da casa mortuária da localidade, enrolada em suspeições e complicações com várias falhas políticas que têm causado mal-estar no PSD local, partido pelo qual foi eleito.
A decisão de entregar a casa mortuária a um empresário sem passar cartão à assembleia de freguesia, num negócio bastante criticado e cheio de suspeições e polémicas, foi mais um dos sinais de uma gestão a contornar os procedimentos obrigatórios e as regras. A reabilitação do espaço e o alargamento do cemitério têm-se arrastado e já não vão iniciar-se neste ano de 2024 - mais de dois anos depois do negócio com o privado -, segundo já admitiu Humberto Silva na assembleia de freguesia.