Accionadas cauções para garantir pagamento das rendas de esplanadas municipais de Coruche
A Câmara de Coruche vai lançar novo procedimento para concessionar a exploração das esplanadas municipais junto ao rio Sorraia.
A Câmara de Coruche vai lançar novo procedimento para concessionar a exploração das esplanadas municipais junto ao rio Sorraia. A autarquia accionou as cauções prestadas pelos empresários que exploram os estabelecimentos no Parque do Sorraia, junto ao rio, porque estes não pagaram a totalidade das rendas. O município mantém a decisão de as chaves dos espaços serem entregues até 30 de Agosto, porque não foi cumprido o estabelecido relativamente ao pagamento das rendas. Recorde-se que, como O MIRANTE noticiou, havia dívidas desde Outubro de 2023.
O município decidiu acabar com as concessões e voltar a colocar os espaços em hasta pública, depois de a autarquia ter notificado as empresas para regularizarem as dívidas no prazo de 15 dias, tendo as empresas pago apenas uma parte. O recurso à retenção das cauções visou garantir o pagamento das dívidas até à entrega das chaves.
A vice-presidente do município de Coruche, Fátima Galhardo, lamentou a decisão tomada, dizendo que era inevitável. “Ao longo de vários anos o município tentou ajudar, ciente de que há períodos no ano que não são tão fortes em termos de negócio. No entanto, a câmara municipal também tem regras a cumprir no âmbito do Código do Procedimento Administrativo. Não podíamos arrastar mais esta situação”, afirmou. A autarca destacou ainda que a data de 30 de Agosto foi escolhida para permitir que os empresários aproveitem as várias actividades que ocorrem no concelho durante o Verão, incluindo as festas da vila e a época balnear da praia fluvial.
Osvaldo Mendes, vereador do PSD do município de Coruche, enfatizou a importância de manter a qualidade do serviço até ao final do contrato de arrendamento. “Estes serviços precisam de acompanhar a qualidade que queremos oferecer a quem nos visita e quem vive aqui. É essencial garantir um serviço de qualidade até à fase terminal do contrato”, referiu, manifestando preocupação.
O vereador social-democrata destacou ainda as dificuldades adicionais que surgirão com a abertura de um novo concurso durante os meses de Outono e Inverno, períodos tradicionalmente menos favoráveis para este tipo de negócios. “Quem pegar nestes espaços precisa de ter uma boa capacidade financeira para aguentar os tempos mais mortos, caso contrário, voltaremos à mesma situação”, concluiu. Todo o executivo manifestou preocupação em ser mantida “a qualidade do serviço” até ao final do contrato de arrendamento dos espaços.