Mestrado internacional que funciona em Mação com financiamento para mais quatro anos
Mação acolhe desde 2024 o mestrado internacional de Pré-História do Politécnico de Tomar, que garantiu novamente apoio financeiro da Comissão Europeia.
O mestrado internacional de Pré-História do Politécnico de Tomar (IPT), que funciona em Mação, integra a lista de apoios de 4,8 milhões de euros da Comissão Europeia para que estudantes possam frequentar esse programa em rede. O director do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, em Mação, e director do Centro de Estudos Politécnicos do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), Luís Oosterbeek, disse à agência Lusa que esta é “uma boa notícia” para a continuidade do mestrado “mais antigo da Europa”, no âmbito do Erasmus Mundus, e porque assegura bolsas a estudantes por mais quatro anos.
Segundo notou Oosterbeek, também docente dos cursos de doutoramento e mestrado, a renovação do apoio significa ainda que os estudos de Pré-História no IPT, no âmbito do mestrado que funciona no Centro de Estudos Politécnicos de Mação há 20 anos, “foram novamente reconhecidos pela Comissão Europeia, num ano simbólico, sendo o mestrado mais antigo da Europa em todas as áreas científicas”. O Mestrado Erasmus Mundus em Quaternário e Pré-História funciona desde 2004 no Instituto Politécnico de Tomar e integra as Universidades de Ferrara (Itália) e Tarragona (Espanha), além do Museu Nacional de História Natural (França), da Universidade das Filipinas Diliman e de uma ampla rede de universidades e outras instituições parceiras em todos os continentes.
O mestrado em Portugal conta, em especial, com recursos laboratoriais do IPT e do Instituto Terra e Memória, de Mação, no âmbito do Centro de Geociências, e dá aos estudantes a possibilidade de se formarem em alguns dos mais importantes projectos mundiais de investigação em pré-história, destacou Luís Oosterbeek.
Segundo o responsável, este apoio possibilita “o estudo da mais antiga arte rupestre no mundo, a investigação sobre as mais antigas ocupações humanas na Eurásia, em África e nas Américas, a utilização de inteligência artificial na investigação avançada em arqueologia e a construção de projectos de gestão de paisagens culturais em articulação com programas da UNESCO”.
O projecto, indicou, envolve mais de 70 docentes e investigadores e irá garantir 83 bolsas para estudantes que, desta forma, poderão obter formação no âmbito da rede internacional. Para Luís Oosterbeek, a investigação continua a ser uma prioridade para o Museu de Arte Pré-Histórica do Vale do Tejo, tendo sido criada uma Comissão Científica Internacional no âmbito do Centro de Geociências que integra especialistas de diferentes países e redes de parcerias nacionais e internacionais.