Sociedade | 02-08-2024 18:00

Mestrado internacional que funciona em Mação com financiamento para mais quatro anos

Mestrado internacional que funciona em Mação com financiamento para mais quatro anos
Uma das pedras onde melhor se podem observar as gravuras rupestres descobertas no vale do rio Ocreza, perto de Mação. fotoDR

Mação acolhe desde 2024 o mestrado internacional de Pré-História do Politécnico de Tomar, que garantiu novamente apoio financeiro da Comissão Europeia.

O mestrado internacional de Pré-História do Politécnico de Tomar (IPT), que funciona em Mação, integra a lista de apoios de 4,8 milhões de euros da Comissão Europeia para que estudantes possam frequentar esse programa em rede. O director do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, em Mação, e director do Centro de Estudos Politécnicos do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), Luís Oosterbeek, disse à agência Lusa que esta é “uma boa notícia” para a continuidade do mestrado “mais antigo da Europa”, no âmbito do Erasmus Mundus, e porque assegura bolsas a estudantes por mais quatro anos.
Segundo notou Oosterbeek, também docente dos cursos de doutoramento e mestrado, a renovação do apoio significa ainda que os estudos de Pré-História no IPT, no âmbito do mestrado que funciona no Centro de Estudos Politécnicos de Mação há 20 anos, “foram novamente reconhecidos pela Comissão Europeia, num ano simbólico, sendo o mestrado mais antigo da Europa em todas as áreas científicas”. O Mestrado Erasmus Mundus em Quaternário e Pré-História funciona desde 2004 no Instituto Politécnico de Tomar e integra as Universidades de Ferrara (Itália) e Tarragona (Espanha), além do Museu Nacional de História Natural (França), da Universidade das Filipinas Diliman e de uma ampla rede de universidades e outras instituições parceiras em todos os continentes.
O mestrado em Portugal conta, em especial, com recursos laboratoriais do IPT e do Instituto Terra e Memória, de Mação, no âmbito do Centro de Geociências, e dá aos estudantes a possibilidade de se formarem em alguns dos mais importantes projectos mundiais de investigação em pré-história, destacou Luís Oosterbeek.
Segundo o responsável, este apoio possibilita “o estudo da mais antiga arte rupestre no mundo, a investigação sobre as mais antigas ocupações humanas na Eurásia, em África e nas Américas, a utilização de inteligência artificial na investigação avançada em arqueologia e a construção de projectos de gestão de paisagens culturais em articulação com programas da UNESCO”.
O projecto, indicou, envolve mais de 70 docentes e investigadores e irá garantir 83 bolsas para estudantes que, desta forma, poderão obter formação no âmbito da rede internacional. Para Luís Oosterbeek, a investigação continua a ser uma prioridade para o Museu de Arte Pré-Histórica do Vale do Tejo, tendo sido criada uma Comissão Científica Internacional no âmbito do Centro de Geociências que integra especialistas de diferentes países e redes de parcerias nacionais e internacionais.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1694
    11-12-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1694
    11-12-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo