Sociedade | 04-08-2024 10:00

Educadores na origem de contestação na creche da Chamusca

Educadores na origem de contestação na creche da Chamusca
TEXTO COMPLETO DA EDIÇÃO SEMANAL
Nuno Castelão nega que haja falta de recursos humanos na Creche “O Coelhinho”

Vários pais estão contra a saída de uma educadora que terminou contrato com a Santa Casa da Misericórdia da Chamusca, proprietária da Creche “O Coelhinho”, afirmando que não há recursos humanos suficientes para o número de crianças em sala. Encarregados de educação também estão contra permanência de educadora que acusam de má conduta. Provedor explica que estão numa nova fase de recrutamento, que querem quadros qualificados e que as respostas estão garantidas.

O modelo de gestão da creche “O Coelhinho”, propriedade da Santa Casa da Misericórdia da Chamusca, está a ser muito criticado por cerca de uma dezena de pais que estão contra a saída de uma educadora da instituição. A O MIRANTE, os encarregados de educação dizem mesmo que só não retiram os seus filhos da instituição por falta de alternativas no concelho. Outra das razões para a forte revolta está a permanência de uma educadora que, segundo os pais, tem histórico de má conduta e “um temperamento” muito impulsivo.
Em relação à funcionária que os pais queriam que continuasse na creche, o Provedor da Santa Casa da Chamusca, Nuno Castelão, explica ao nosso jornal que a mesma terminou contrato com a instituição. A decisão da administração da Santa Casa da Chamusca não gerou consenso entre os pais, que pedem uma solução imediata. O MIRANTE sabe que à hora de fecho desta edição (terça-feira, 30 de Julho) os encarregados de educação estão a reunir com os responsáveis para chegar a um entendimento. “Estamos indignados porque era uma pessoa muito carinhosa para os nossos filhos e sentíamos segurança em deixá-los na creche. Agora não sabemos o que nos espera e isso é o pior sentimento para um pai ou mãe”, refere uma das mães a O MIRANTE, acrescentando que a falta de resposta dos responsáveis da Misericórdia é uma das razões para os pais terem decidido apresentar uma queixa na Segurança Social de Santarém.
“Não nos foi dito nada antecipadamente e depois de procurarmos respostas nunca ninguém deu a cara. Lá marcaram uma reunião, mas apenas para uma semana depois de sabermos de toda a situação”, critica a mesma mãe, sublinhando que actualmente não existem recursos humanos suficientes para o número de crianças em sala. “Existem salas com 20 crianças com apenas uma educadora e uma auxiliar”, afirma.
Contactado por O MIRANTE, Nuno Castelão mostrou-se surpreendido com as acusações, negando que haja falta de recursos humanos. “A educadora, que estava em regime de substituição, terminou o contrato. Estamos a recrutar novos funcionários com critérios muito exigentes, que saibam trabalhar em equipa e que sejam uma mais-valia para as crianças”, afirma, vincando que a Santa Casa reporta tudo à Segurança Social que acompanha todos os processos. “Estamos a dias de acabar o ano lectivo. Não vamos à pressa contratar alguém que depois não cumpre com os nossos requisitos e com o que entendemos ser o melhor para o bem-estar das crianças”, salienta.
Nuno Castelão disse ainda que a creche começou do zero, depois de alguns “episódios tristes do passado” e que vai continuar a trabalhar para ter os melhores quadros na instituição. Recorde-se que, em 2018, uma educadora de “O Coelhinho” resolveu aplicar um correctivo a uma menina de um ano e nove meses de idade mordendo-a no braço. Logo a seguir meteu baixa-médica.

Aumento das instalações permitiu mais vagas

“O Coelhinho” é a única resposta na área de creche a funcionar no concelho da Chamusca. Tem seis salas e neste momento tem capacidade para mais de 90 crianças. “Em poucos anos passámos de 19 crianças para perto de uma centena. Candidatámo-nos a um projecto de alargamento para mais 12, portanto ainda este ano devemos chegar às 96 crianças”, revela Nuno Castelão a O MIRANTE.
O responsável recorda que durante o ano de 2022/23 foi realizado um investimento na reabilitação do espaço, criando as melhores condições de comodidade às crianças e às perto de duas dezenas de profissionais que ali desempenham funções. Para além das actividades curriculares, “O Coelhinho” tem disponíveis outras, como ginástica e música. Também leva a cabo festas temáticas.

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