Autarca de VFX diz que moradores de barracas no Sobralinho não terão privilégios especiais
Fernando Paulo Ferreira foi questionado sobre o ponto de situação do realojamento do Bairro do Clarimundo no Sobralinho pelos dirigentes da associação Assistir que continuam a classificar a situação do bairro como um perigo para a saúde pública mas manteve a convicção de que as casas é só para quem merece e em pé de igualdade com outros cidadãos.
Depois de em Maio ter mandado um cidadão de etnia cigana ir trabalhar primeiro antes de pedir casa à câmara, o autarca de Vila Franca de Xira defendeu na última semana que os ciganos que hoje vivem em barracas no Bairro do Clarimundo no Sobralinho não terão privilégios especiais face a outros cidadãos na hora de obterem habitações municipais.
O autarca foi questionado sobre o ponto de situação do realojamento das famílias que vivem em barracas sem condições no Bairro do Clarimundo na última assembleia municipal, antes da pausa para as férias de verão, por dirigentes da Associação Assistir e voltou a dizer que a situação está a ser acompanhada pelos serviços sociais.
“Temos pouca capacidade de acção mas conhecemos todas aquelas pessoas, que também conhecem muito bem os apoios sociais existentes, o que não lhes tem faltado, e sabem como recorrer a apoios para realojamento, tal como qualquer outro cidadão. Estas pessoas estão em pé de igualdade com qualquer outro cidadão que se tenha candidatado”, avisou, lembrando que o terreno onde se encontram “é privado e está ilegalmente ocupado” pelos agregados familiares. “Alguns daqueles agregados foram realojados em devido tempo e à medida que foram ganhando autonomia decidiram voltar a ocupar aquele terreno”, criticou.
Há quase 40 anos que várias pessoas vivem em barracas e habitações precárias sem o mínimo de condições de salubridade no Sobralinho, mesmo ao lado de uma das auto-estradas mais movimentadas do país, a A1, escondidas entre caniços e árvores num cenário terceiro-mundista.
* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE