Sociedade | 05-08-2024 07:00

Moradores do Beco das Fontaínhas em Samora Correia lutam por saneamento básico e água canalizada

Moradores do Beco das Fontaínhas em Samora Correia lutam por saneamento básico e água canalizada
TEXTO COMPLETO DA EDIÇÃO SEMANAL
Presidente da câmara diz que o desejo dos moradores do Beco das Fontaínhas é válido e deve ser considerado

O Beco das Fontainhas, em Samora Correia, é um arruamento particular em terra batida que os moradores e proprietários da zona querem como via pública servida por infraestruturas como saneamento e água.

Os proprietários e moradores do Beco das Fontaínhas, em Samora Correia, estão empenhados em transformar um arruamento de terra batida, actualmente uma serventia particular, em via pública. Luísa Ricardo, uma das proprietárias, e outros residentes uniram-se para pressionar a Câmara Municipal de Benavente a avançar com o projecto, que já se arrasta há quase um ano.
O presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho, esclareceu a situação e os passos necessários para a concretização do projecto. De acordo com o Plano Director Municipal (PDM), as serventias particulares devem ter, no mínimo, 4,5 metros de largura, e o Beco das Fontaínhas não cumpre esta exigência. Durante uma reunião realizada a 4 de Maio, o autarca discutiu com os proprietários duas possíveis soluções: alterar a largura da serventia para manter a classificação de via particular, ou transformá-la em via pública, desde que cumprisse os critérios definidos pelo PDM, incluindo espaço para inversão de marcha.
Luísa Ricardo esteve presente na reunião do município, no dia 15 de Julho, para saber o ponto de situação actual, questionando alguma falta de progresso no último ano, apesar do consenso alcançado durante a reunião com o presidente da câmara. Os moradores estão ansiosos para ver a marcação topográfica realizada e o arruamento transformado em via pública, o que lhes permitiria acesso a infraestruturas essenciais como saneamento, água e outras condições necessárias para a habitação.
Carlos Coutinho enfatizou que, embora a situação não envolva directamente o interesse público, o desejo dos moradores é válido e deve ser considerado. A câmara comprometeu-se a realizar uma marcação topográfica do terreno para definir os limites do futuro arruamento. No entanto, o edil explicou que o processo tem enfrentado alguns desafios devido à aposentação de um dos topógrafos da câmara e à sobrecarga do outro profissional com projectos relacionados ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e fundos comunitários.
Recentemente, a câmara decidiu contratar serviços externos de topografia para agilizar o processo. Carlos Coutinho afirmou que, na segunda semana de Julho, reuniu-se com o dirigente da divisão responsável para discutir esta decisão, que visa não só a marcação no Beco das Fontaínhas, mas também levantamentos em outras áreas, como o espaço onde decorreu o Festival do Arroz Carolino.
O presidente da câmara mostrou-se confiante de que o executivo será sensível à situação e aprovará a proposta, permitindo que os moradores possam beneficiar das infraestruturas necessárias. No entanto, alertou que a autarquia não se compromete, neste momento, com a infraestruturação do arruamento, mas sim com a criação das condições necessárias para que os residentes possam usufruir do espaço de forma adequada. “Tive a oportunidade de alertar para não se criar já as expectativas que a câmara vai infra-estruturar isto tudo porque o que estamos a fazer é dar condições”, concluiu.

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