Alunos de Abrantes envolvidos em projecto que salva vidas
A Câmara de Abrantes assinou um protocolo para formação de alunos em suporte básico de vida, tendo aprovado um apoio financeiro à concretização do projecto “Mãozinhas que salvam vidas” com os rotários, bombeiros e agrupamentos de escolas.
Dotar os alunos dos 2.º, 4.º, 6.º e 8.º anos de escolaridade das escolas do concelho de Abrantes com conhecimentos e competências de suporte básico de vida é o principal objectivo de um protocolo que o município de Abrantes celebrou no dia 23 de Julho com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, o Rotary Club e os Agrupamentos de Escolas N.º 1 e N.º 2 de Abrantes. O projecto “Mãozinhas que salvam vidas” vai continuar a ser desenvolvido no próximo ano lectivo.
O projecto, concebido pelo Rotary Club de Abrantes, teve este ano uma primeira acção de formação, que envolveu 560 alunos do 2.º e 4.º anos e 543 alunos do 6.º e 8.º anos de escolaridade, iniciando um processo que visa dar a alunos e professores competências que lhes permitam identificar, pedir ajuda e iniciar manobras, até à chegada da ajuda especializada, que podem salvar vidas, disse o presidente dos rotários, Isidro Bernardino.
O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos (PS), afirma que o protocolo “Mãozinhas que salvam vidas” pode fazer a diferença entre a vida e a morte. “Numa altura em que se fala de acordos para cessar guerras, estamos a celebrar acordos para salvar vidas”, afirma o autarca, descrevendo o projecto como extraordinário e de grande sensibilidade, que alerta a população para estar atenta e desperta todos ao seu redor. “É a forma mais perfeita de viver em sociedade, preocupando-nos uns com os outros num projecto absolutamente humanista”, reforçou.
O presidente da Rotary Club Abrantes, Isidro Bernardino, realçou a vontade dos parceiros no projecto, em dotar as crianças de capacidade para salvar vidas. João Manuel Furtado Pereira, presidente dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, destaca o voluntariado feito pelos enfermeiros, que asseguram a formação, e a continuidade do projecto que já era realizado pontualmente a pedido de escolas, garantindo que o essencial é dar continuidade ao trabalho desenvolvido.
Ana Rico, directora do Agrupamento de Escolas nº1 de Abrantes, refere que é um projecto de importância absoluta para os agrupamentos do concelho, que foi estruturado, organizado e implementado pela capacitação que dá aos alunos e professores, tornando-os agentes de saúde pública, com ferramentas que podem salvar vidas. Goreti Leitão, representante do Agrupamento de Escolas nº2 de Abrantes, considera que havia uma lacuna que foi muito bem preenchida pelo projecto e que o agrupamento está feliz por lhe dar continuidade, relembrando um episódio em que viu um aluno de 8º ano aplicar os conhecimentos aprendidos para ajudar outro colega.