Sociedade | 09-08-2024 15:00

Oposição critica condições do Festival de Gastronomia da Lezíria Ribatejana

Evento gastronómico realizado em Samora Correia precisa de afinações. Vereador do PSD fala em “desânimo” entre as colectividades participantes relativamente às condições disponibilizadas. Mudança de local na próxima edição pode ser solução.

O vereador da Câmara de Benavente, Luís Feitor (PSD), criticou as condições em que decorreu em Samora Correia o 34.º Festival de Gastronomia da Lezíria Ribatejana, juntamente com o 24.º Festival de Carnes Bravas, o 16.º Concurso de Arroz-Doce e o 15.º Festival do Torricado de Bacalhau. O evento teve a duração de dez dias e contou com apenas quatro tasquinhas (três delas pertencentes a colectividades convidadas e uma gerida pela ARCAS, a organizadora da iniciativa), sem qualquer referência evidente ao arroz carolino das lezírias ribatejanas.
Luís Feitor sublinhou que o PSD já mencionou várias vezes que a dimensão do local não é adequada às necessidades da freguesia de Samora Correia, “que é cidade e tem muita população”. O vereador disse ter recebido informação de que o espaço é demasiado pequeno, o que dissuadiu muitos munícipes em comparecer ao evento.
O vereador social-democrata acrescentou que as condições disponibilizadas para as cozinhas são muito precárias. “Mesmo após 34 anos, as colectividades continuam a levar esquentadores, botijas de gás, frigoríficos e outros equipamentos necessários para confeccionar a comida, o que, em caso de temperaturas elevadas ou chuva, resulta em condições inadequadas tanto em termos de segurança quanto para a qualidade do trabalho e dos produtos”, salientou. Luís Feitor destacou ainda a precariedade das infraestruturas, com puxadas de água apertadas às paredes do Palácio do Infantado.
Com a recente requalificação do centro histórico de Samora Correia, considera que teria sido uma oportunidade para a Câmara de Benavente “repensar e melhorar as infraestruturas necessárias”. Luís Feitor mencionou que, em conversa com elementos de algumas colectividades, percebeu que “há algum desânimo” em relação às condições disponibilizadas e ao esforço e sacrifício que fazem para realizar o evento. Por isso, sugere que o município considere a possibilidade de mudar o festival de gastronomia para “um local mais adequado” e de referência para o município.
O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), afirmou que o Festival de Gastronomia da Lezíria Ribatejana é organizado pela ARCAS e que o município sempre se mostrou disponível para a mudança de local, se assim fosse desejado pela colectividade. O festival já foi realizado junto ao coreto, no Largo João Fernandes Pratas, e no Largo “25 de Abril”, mas considera que a Praça da República, enquadrada pela Igreja Matriz e pelo Palácio do Infantado, é um “local emblemático e extraordinário” para o evento.
Carlos Coutinho informou ainda que, em recente reunião com elementos de uma das colectividades participantes, foi transmitido que, apesar da pouca afluência nos primeiros dias, o evento foi depois “bastante participado e com um ambiente extraordinário”. Acrescentou que o festival é caracterizado por um ambiente de alegria, festa e proximidade, “até um pouco diferente do que acontece em Benavente, não sendo iniciativas comparáveis”. Embora reconheça que a câmara procurou melhorar o espaço da Praça da República, o edil reiterou a disponibilidade de mudar o local da próxima edição do Festival de Gastronomia da Lezíria Ribatejana.

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