Sociedade | 15-08-2024 12:00
Metade dos doentes indicados para paliativos no privado ou social morreram sem vaga
Relatório da Entidade Reguladora da Saúde sublinha a ausência de oferta destas unidades nas regiões Centro e Algarve.
Quase metade (48%) dos doentes referenciados no ano passado para unidades de cuidados paliativos contratualizadas com o sector privado ou social morreram antes de ter vaga, conclui uma análise da Entidade Reguladora da Saúde (ERS). O relatório da ERS sublinha a ausência de oferta destas unidades nas regiões Centro e Algarve e refere que 77% está concentrada na região de Lisboa e Vale do Tejo. Conclui ainda que a taxa de camas ajustada por um milhão de habitantes fica “aquém do limiar recomendado pela Associação Europeia para Cuidados Paliativos”, que varia entre 80 e 100, abrangendo tanto o contexto hospitalar quanto o de cuidados continuados.
Ao nível da oferta, apenas o Alentejo apresenta uma oferta de cuidados paliativos superior ao limiar mínimo recomendado. “Atendendo a que a natureza de cuidados paliativos prestados em cada uma das tipologias de UCP se distingue pela complexidade clínica, poderá subsistir um problema de acesso a cuidados paliativos para utentes com necessidade de cuidados paliativos de baixa complexidade, em particular nas regiões de saúde do Centro e do Algarve”, refere a ERS.
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