Sociedade | 15-08-2024 12:00

Vice-presidente já decidiu o seu futuro na Câmara de Almeirim

Vice-presidente já decidiu o seu futuro na Câmara de Almeirim

Paulo Caetano em entrevista a O MIRANTE fala sobre o que vai fazer no final deste mandato e como tem sido a sua experiência autárquica

O vice-presidente da Câmara de Almeirim, Paulo Caetano, explica numa entrevista que pode ler na edição semanal em papel de O MIRANTE, que saiu esta quinta-feira, qual vai ser o seu futuro depois de 12 anos de vida autárquica. Militante do PS desde que que entrou na autarquia. Paulo Caetano, 58 anos, manteve-se sempre afastado de cargos partidários e de intervenção na elaboração de listas ou outras questões do partido e diz que nunca teve ambições políticas.
Nesta entrevista assume-se livre, que diz o que pensa e que não está no executivo para dizer ámen mesmo que a ideia ou proposta venho do presidente, que considera ser o melhor autarca da região, e avisa que após Pedro Ribeiro não convém tentar imitá-lo, porque dessa forma as coisa vão correr mal.
Paulo Caetano, que diz haver uma diferença enorme entre ser vereador e presidente, assume que gostava, durante estes anos à frente do deporto, que as obras do estádio municipal tivessem sido mais rápidas e que as obras do pavilhão Alfredo Bento Calado já tivessem começado.
Mas realça que o desporto no concelho melhorou na qualidade das instalações, sobretudo na área do futebol e do atletismo. Em relação ao desporto competitivo, confessa que nunca foi preocupação do executivo de estar a criar campeões, sendo que a perspectiva é que as pessoas, em qualquer idade, tenham condições para praticarem mais desporto.
Foi convidado para integrar as listas do PS em 2012 pelo presidente Pedro Ribeiro, um ano antes das eleições, quando já tinham um relacionamento próximo na direcção dos bombeiros, sendo actualmente vice-presidente da direcção liderada por Pedro Ribeiro.

Já decidiu o que vai fazer à sua vida autárquica com a saída do presidente? Já decidi há algum tempo. Iniciei a minha vida autárquica com este presidente e ao fim de 12 anos volto à minha actividade profissional no sector da banca. Nunca tinha andado na política, entrei para militante na altura quando entrei nas listas, e o meu ciclo acaba aqui.
Não foi convidado ou não quer ser candidato? O expectável era ser candidato, mas quando me contactaram disse logo que não estava disponível. A questão já estava decidida na minha cabeça e mais tarde tive uma conversa com a família e acordámos que quando acabasse este mandato sairia da câmara.
Qual é o motivo para deixar a vida autárquica? É um conjunto de várias questões, que se conjuga com o facto de não ter um passado ligado à política e de não ter qualquer ambição política. Nunca me quis envolver na parte partidária. Quando alguém me liga a perguntar a minha opinião acerca de listas partidárias, para os órgãos do PS, respondo que não me quero envolver nisso.
Tem medo de falhar enquanto presidente? Tem medo da pressão? Se estivesse no meio do mar teria de me desenvencilhar e não iria naufragar. As pessoas às vezes fazem críticas, sobretudo a presidentes de câmaras, que não têm o mínimo de fundamento porque não sabem, não percebem as dificuldades do cargo no dia-a-dia. Não tenho o mesmo estilo de Pedro Ribeiro, mas não é preciso estar sempre presente para se ser bom presidente. Ao longo destes anos tenho tentado passar o mais discreto possível, não me envolvo em discussões, não respondo a críticas nas redes sociais e tento resolver as coisas a contento de todos falando com as pessoas.
Se fosse candidato e ganhasse as eleições, acha que iria ser um mau presidente? Quero acreditar que não. Mas há uma diferença enorme entre ser vereador e presidente.

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