Sociedade | 18-08-2024 10:00

Relatório sobre fábrica poluidora de Torres Novas está pronto nas próximas semanas

Relatório sobre fábrica poluidora de Torres Novas está pronto nas próximas semanas
População de Parceiros de Igreja tem sido incansável a denunciar poluição de fábrica de bagaço de azeitona

Município prometeu à população de Parceiros de Igreja que ia realizar um relatório para saber como agir perante a Cratoliva, empresa acusada pela população de poluição e que já foi castigada pela ASAE. Documento vai estar pronto nas próximas semanas, anunciou vereador João Trindade.

Depois de, no final do mês de Julho deste ano, o município de Torres Novas ter anunciado que ia elaborar um relatório sobre o funcionamento da Cratoliva, empresa de Parceiros de Igreja que tem sido acusada de poluição pela população, o vereador João Trindade (PS) adiantou que o documento estará pronto nas próximas semanas. “Continuamos a acompanhar o processo da Cratoliva. Estou em condições para afirmar que o relatório final estará pronto nas próximas semanas. Isso permite-nos ficar a saber as suas conclusões para depois agir”, disse o autarca durante a ultima reunião do executivo municipal, que se realizou a 31 de Julho.
João Trindade já tinha reunido com a população da aldeia de Parceiros de Igreja, no concelho Torres Novas, que tem sido incansável na procura e exigência de soluções para um problema de maus cheiros e poluição. O autarca reuniu na aldeia com cerca de 60 populares a quem transmitiu que, após avaliação do relatório final, pode decidir-se pelo fecho da fábrica ou por investimentos a realizar. A reunião, que encheu o antigo Clube Recreativo de Parceiros de Igreja, decorreu depois de, há três semanas, a população ter-se deslocado em peso à Assembleia Municipal de Torres Novas para denunciar um problema que afirmam ser “de saúde pública” e coloca em causa o próprio “respirar” na aldeia, onde habitam cerca de 900 pessoas. “Algo tem de ser feito e algo tem de mudar, para bem do ambiente e da saúde das pessoas”, declarou na altura João Trindade.
Depois da reunião, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) deslocou-se à fábrica e anunciou a apreensão de 18.200 litros de óleo alimentar, com um valor superior a 57.420 euros, que, segundo a entidade, levantavam “fortes suspeitas de que o óleo alimentar iria ser comercializado como azeite”. No âmbito da acção foi instaurado um processo-crime por suspeita de fraude sobre mercadorias e, ainda, efectuada a apreensão de 18.200 litros de óleo alimentar e 177.690 rótulos com menção de azeite.

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