Relatório sobre fábrica poluidora de Torres Novas está pronto nas próximas semanas
Município prometeu à população de Parceiros de Igreja que ia realizar um relatório para saber como agir perante a Cratoliva, empresa acusada pela população de poluição e que já foi castigada pela ASAE. Documento vai estar pronto nas próximas semanas, anunciou vereador João Trindade.
Depois de, no final do mês de Julho deste ano, o município de Torres Novas ter anunciado que ia elaborar um relatório sobre o funcionamento da Cratoliva, empresa de Parceiros de Igreja que tem sido acusada de poluição pela população, o vereador João Trindade (PS) adiantou que o documento estará pronto nas próximas semanas. “Continuamos a acompanhar o processo da Cratoliva. Estou em condições para afirmar que o relatório final estará pronto nas próximas semanas. Isso permite-nos ficar a saber as suas conclusões para depois agir”, disse o autarca durante a ultima reunião do executivo municipal, que se realizou a 31 de Julho.
João Trindade já tinha reunido com a população da aldeia de Parceiros de Igreja, no concelho Torres Novas, que tem sido incansável na procura e exigência de soluções para um problema de maus cheiros e poluição. O autarca reuniu na aldeia com cerca de 60 populares a quem transmitiu que, após avaliação do relatório final, pode decidir-se pelo fecho da fábrica ou por investimentos a realizar. A reunião, que encheu o antigo Clube Recreativo de Parceiros de Igreja, decorreu depois de, há três semanas, a população ter-se deslocado em peso à Assembleia Municipal de Torres Novas para denunciar um problema que afirmam ser “de saúde pública” e coloca em causa o próprio “respirar” na aldeia, onde habitam cerca de 900 pessoas. “Algo tem de ser feito e algo tem de mudar, para bem do ambiente e da saúde das pessoas”, declarou na altura João Trindade.
Depois da reunião, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) deslocou-se à fábrica e anunciou a apreensão de 18.200 litros de óleo alimentar, com um valor superior a 57.420 euros, que, segundo a entidade, levantavam “fortes suspeitas de que o óleo alimentar iria ser comercializado como azeite”. No âmbito da acção foi instaurado um processo-crime por suspeita de fraude sobre mercadorias e, ainda, efectuada a apreensão de 18.200 litros de óleo alimentar e 177.690 rótulos com menção de azeite.