Tomar é uma cidade inspiradora para alunos de Artes Visuais
O projecto “Galeria de Arte” levou jovens estudantes a transformarem armários de distribuição eléctrica espalhados pelas ruas de Tomar em verdadeiras telas de pintura. O MIRANTE falou com duas alunas que participaram na iniciativa, promovida pelo Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria.
“Galeria de Arte” é o nome de uma iniciativa que começou em 2018/2019 com a pintura de 13 armários na rua Corredoura em Tomar. Após uma pausa devido à pandemia, foram pintadas mais 16 caixas, e este ano, nove alunos do curso de Artes Visuais da Escola Secundária Santa Maria do Olival, pintaram mais nove, todas elas espalhadas pelo centro histórico da cidade templária.
Anaís Fernandes tem 18 anos e está a terminar o curso. Embora esteja a estudar em Tomar, é natural do Barreiro. Mudou de cidade porque os seus pais lhe queriam dar uma vida “mais saudável, fora da cidade”, explica a O MIRANTE. Escolheu o curso de Artes Visuais porque sempre gostou de desenhar e não encontra cidade mais inspiradora para o fazer do que Tomar. “Sempre foi a coisa que mais gostei de fazer e esta cidade é inpiradora, afirma. Anaís Fernandes assume que gosta de Tomar, mas pretende prosseguir os estudos fora da cidade, uma vez que a oferta de cursos nas grandes cidades é muito maior, refere. Por isso, e neste momento, o seu foco principal está no ingresso na Faculdade de Belas Artes, em Lisboa. Nos tempos livres gosta de desenhar, pintar e tocar instrumentos, tendo pertencido durante algum tempo a uma banda filarmónica do concelho. Anaís Fernandes pintou três caixas no parque do Mouchão durante três semanas.
Luna Santos tem 17 anos e pintou uma caixa junto à Ponte Velha. “Foi uma iniciativa muito interessante, é um projecto muito giro, são actividades práticas e acabamos por ajudar a comunidade e a dar outra beleza à cidade”, afirma a O MIRANTE. A aluna de 17 anos explica que não escolheu logo Artes Visuais antes de entrar para o secundário. Começou por escolher o curso de Informática, onde ficou durante algumas semanas. “Decidi mudar porque achei que não era esse ramo que queria para a minha vida profissional”, confessa, sublinhando que, às vezes, é preciso dar dois passos atrás para dar um novo rumo à vida. Quanto ao futuro, ainda não sabe o que quer fazer, mas garante que vai continuar na área das Artes. “É a única certeza que tenho”, assegura, acrescentando que o mais provável é seguir a vida académica fora de Tomar.