Sociedade | 21-08-2024 16:05
Realojados idosos de lar em Torres Novas encerrado por maus-tratos e insalubridade
Os 10 idosos que estavam no lar de Torres Novas encerrado pelas autoridades foram realojados em Pedrogão, no mesmo concelho, e em Samora Correia, no concelho de Benavente.
A dezena de utentes de uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) em Nicho de Riachos, Torres Novas, encerrada na semana passada pela Guarda Nacional Republicana (GNR), já foi realojada em lares de Pedrógão, Samora Correia e casas de familiares, indicou o município. “Há um lar, particular, no Nicho de Riachos, aqui em Torres Novas, com 10 utentes, e houve queixas das mais diversas, de familiares e outras, que levaram o Centro Regional da Segurança Social e a GNR a indagar o que se passava, tendo chegado à conclusão que o lar não estava a funcionar bem e que teriam de ser retirados de lá os 10 utentes”, disse à Lusa o presidente do município, Pedro Ferreira.
Segundo o autarca, “a Segurança Social acabou por os distribuir”, tendo sido “já realojados, alguns no lar de Pedrógão, em Torres Novas, outros para uma unidade similar em Samora Correia, e os restantes em casa dos próprios familiares, que assumiram ficar com os idosos”. O presidente salientou que “a resposta das autoridades correu muito bem”, numa “acção eficaz”, e também houve uma “prontidão de acolhimento” dos idosos nas ERPI de Pedrógão e de Samora Correia já que “os lares comparticipados pela Segurança Social têm de garantir uma percentagem de disponibilidade” para situações de emergência “ou situações similares à que aconteceu” na localidade de Nicho de Riachos, na freguesia de Riachos.
Recorde-se que a GNR encerrou o lar por diversas infracções relativas à salubridade, segurança e recursos humanos. A operação decorreu no âmbito de uma investigação de maus tratos a idosos, e após uma inspecção à ERPI, numa acção conjunta com a Segurança Social e Autoridade Saúde Pública da Lezíria Tejo. As autoridades identificaram três funcionários e 10 idosos, com idades compreendidas entre 70 e 88 anos. Durante a inspecção, a Unidade de Fiscalização de Lisboa e Vale do Tejo da Segurança Social elaborou um auto de notícia por contraordenação, com diversas infrações relativamente a questões de salubridade, segurança e recursos humanos. Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Torres Novas.
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