Associação Amigos do Forte defende proibição de estacionamento junto às muralhas do Centro Interpretativo
Associação Cívica Amigos do Forte diz que é preciso ter mais cuidado com o património das Linhas de Torres e defende proibição de estacionamento junto às muralhas do reduto nº38, no Largo do Forte da Casa.
A Associação Cívica Amigos do Forte está preocupada com a queda de pedras e escarpas danificadas no reduto nº38, localizado no Centro Interpretativo das Linhas de Torres, no Largo do Forte da Casa. À volta das muralhas vê-se lixo no chão e garrafas, mas para o presidente da associação, Eduardo Vicente, o pior é ser permitido estacionar junto às muralhas porque os carros encostam-se e vão degradando o património.
A associação considera ainda que o reduto número 36 devia ser acessível a todos, ao invés de estar vedado, uma vez que se encontra em terrenos privados. Já desde o ano passado que a associação tem questionado a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, através de correio electrónico, mas sem resposta até à data. A última intervenção realizada pela autarquia na área do reduto nº38 ocorreu no âmbito do enquadramento paisagístico do Largo do Forte da Casa, em Março de 2021. O espaço expositivo foi remodelado em 2022, no âmbito da candidatura “Anda Nas Linhas”, um projecto financiado pela Linha de Apoio à Sustentabilidade do Programa Valorizar do Turismo de Portugal.
A O MIRANTE, o município adianta que o sector de Património Histórico e Núcleo de Conservação e Restauro monitoriza e, sempre que necessário, repõe pedras caídas através de uma solução de argamassas específicas para o efeito. Quanto ao estacionamento reitera que foram colocados elementos físicos para evitar que as viaturas dos residentes entrem em contacto com o reduto. O fosso na obra militar nº 38 foi mantido enterrado por questões de segurança, diz a autarquia, mas foram mantidos visíveis os seus contornos exteriores, a área de capeamento em pedra correspondente à escarpa, sem colocar em causa a segurança dos visitantes, uma vez que o fosso original, que a associação pretende visível, teria uma profundidade de quatro metros. A proximidade a várias escolas descartou ainda a hipótese de colocar o fosso a descoberto por razões de segurança.
Já a obra militar nº 36 está dentro de uma propriedade privada, mas pode ser visitada mediante solicitação à empresa proprietária.
O Centro Interpretativo das Linhas de Torres foi visitado o ano passado por 2.542 pessoas e até Junho de 2024 foram contabilizados 948 visitantes, sobretudo público escolar.