Sociedade | 31-08-2024 12:00

Moradores de Samora queixam-se de barulho de bar concessionado pela câmara e das festas

Moradores de Samora queixam-se de barulho de bar concessionado pela câmara e das festas
Carlos Silva, Otelinda Carreira e Aldina Leitão

Residentes no centro histórico da cidade queixam-se do barulho excessivo de um bar que a câmara municipal tem concessionado a privados.

Os munícipes pedem uma intervenção do município que diz ser complicado intervir nesta área. Os moradores também estão descontentes com o prolongamento e o consequente barulho das festas da cidade pela noite dentro.

Vários munícipes de Samora Correia, no concelho de Benavente, estão descontentes com o barulho causado por um bar na zona ribeirinha, que consideram estar a prejudicar a sua qualidade de vida. Carlos Silva, um dos moradores, refere que o bar reabriu há três meses, após um encerramento de três ou quatro anos, e que desde então a situação se agravou, com a esplanada a estender-se até à relva e a música a prolongar-se até às quatro da madrugada. “Não consigo descansar com a música”, afirma, acrescentando que a câmara municipal, proprietária do espaço que o concessionou, está ciente da situação, mas “nada é resolvido”. “Só venho pedir descanso para poder trabalhar no dia seguinte”, realça.
Otelinda Carreira, outra munícipe, reforça as queixas sobre o ruído, sublinhando que este é superior ao gerado pelas festas populares e que, mesmo após o término da música dos DJ’s, os frequentadores do bar continuam aos “gritos e berros” até de manhã. A moradora lamenta a falta de intervenção por parte da autarquia e relata que a sua família teve dificuldades em descansar durante as festas. “Será que a minha autarquia não se importa com os seus munícipes? O ruído em minha casa é inconcebível. Nem usufruí das festas porque não consigo dormir”, lamenta. Aldina Leitão, residente no centro histórico há 25 anos, sugere que a autarquia sensibilize a população e os donos dos bares, dizendo que não quer que fechem os bares, “mas que haja preocupação com quem reside na zona”, alertando também para a necessidade de uma melhor limpeza urbana.
O vereador Hélio Justino, respondeu às preocupações dos munícipes, explicando que o concessionário do bar tem estado em contacto com a autarquia, mas que o processo é complexo. “Estamos a aguardar o parecer jurídico para perceber as questões relacionadas com a concessão”, disse. Hélio Justino esclarece que o município não tem autonomia para encerrar o bar, mesmo sendo o proprietário do espaço, e que desde 2012 a regulamentação sobre os horários de funcionamento dos bares mudou, dificultando a intervenção das autarquias.
Em relação ao prolongamento dos horários durante as festas, o vereador reconhece a dificuldade em encontrar um equilíbrio entre as necessidades dos jovens e o descanso dos moradores. “Temos de encontrar uma solução para minimizar estas situações”, afirma, admitindo que nos últimos eventos houve falhas na limpeza após as festividades, mas que, este ano, foram tomadas medidas para correr tudo de forma positiva. Hélio Justino sublinha ainda que o município tem dificuldades em recrutar mão-de-obra suficiente para os serviços de limpeza, um problema que, segundo o autarca, é comum a outras localidades e que tem dificultado a resposta adequada às necessidades do município.

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