Problemas com falta de médicos na Chamusca continuam por resolver
Neste momento a Unidade de Saúde Familiar da Chamusca tem apenas dois médicos para toda a população. Mais de 60% da população da Chamusca não tem médico de família atribuído.
A falta de médicos de família no concelho da Chamusca continua a ser um assunto na ordem do dia nas reuniões de autarcas, com a oposição à maioria socialista a mostrar-se preocupada com a incapacidade para resolver o problema. Na última sessão camarária, e em resposta aos vereadores da oposição, o presidente da câmara adiantou que neste momento só existem dois médicos de família em permanência na Unidade de Saúde Familiar da Chamusca. “Tem existido muitas dificuldades em contratar. Muitos concursos de colocação têm ficado desertos. A Unidade Local de Saúde da Lezíria está a acompanhar o caso. Há uma grande franja da população que não tem médico de família”, afirmou Paulo Queimado (PS).
Recorde-se que dos 8.648 utentes inscritos na USF da Chamusca mais de 5.100 não tem médico de família atribuído. Os números revelam que cerca de 60% da população não tem acesso a cuidados de saúde adequados, segundo informou a vereadora Cláudia Moreira (PS) em reunião camarária. A Chamusca tem em vigor um protocolo para atribuir cerca de 130 mil euros para fixar médicos e equipas na USF do concelho, mas alguns meses depois a medida ainda não surtiu efeito. O protocolo, a vigorar por dois anos, pretende servir de “motivação” para que a unidade, actualmente do modelo A, possa evoluir para o modelo B, garantindo que os utentes possam ter acesso a médico de família e que as extensões das várias freguesias do concelho se mantenham todas em funcionamento.